Saúde

Conheça a esclerose múltipla, doença que não tem cura

Por Redação Doutíssima 27/11/2014

Afetando cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo, a esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o cérebro e a medula espinhal, causando problemas motores, sensoriais e cognitivos. Isto acontece porque o sistema imunológico do corpo confunde células saudáveis com intrusas.

Com isto, ele passa as atacar, provocando lesões no cérebro. O distúrbio é uma das principais causas atuais de incapacidade não traumática em adultos jovens e costuma atingir indivíduos entre 15 e 50 anos, em média, sendo que a reação inflamatória geralmente é identificada por volta dos 30.

 

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Debilitante, doença afeta o cérebro e pode deixar sem fala. Foto: iStock, Getty Images

A esclerose múltipla, não tem cura e se caracteriza por ser uma doença potencialmente debilitante, pois quem sofre com ela pode perder a capacidade de andar ou falar claramente.

Além disto, os sintomas aparecem com intervalos, sendo que o paciente pode ficar meses sem qualquer sinal da doença. Trata-se de uma enfermidade difícil de ser diagnosticada precocemente.

As causas exatas da doença ainda não são conhecidas, mas há indícios de que a genética, o ambiente em que a pessoa vive e, até mesmo, a presença de um vírus podem ter uma relação no desenvolvimento da doença.

Embora a doença não tenha cura, os tratamentos podem ajudar a controlar os sintomas e reduzir o seu progresso. Por ser o foco de muitos estudos no mundo todo, uma série de novos tratamentos tem trazido esperança de qualidade de vida para pacientes que sofrem com o problema.

 

Fatores de risco da esclerose múltipla

Alguns fatores de risco podem aumentar a possibilidade de desenvolvimento da esclerose múltipla. Entre elas, além da idade, visto que comumente ela afeta as pessoas entre 20 e 40 anos, o gênero é um fator de risco.

Mulheres são mais propensas do que os homens a desenvolverem a doença. Estima-se que a proporção de desenvolvimento da doença seja de três mulheres para cada homem diagnosticado.

Outro fator de risco é o histórico familiar. Caso um dos pais ou irmãos tenha esclerose múltipla, a chance de se ter a doença é de 1 a 3%, em comparação com o risco na população em geral.

A presença de outras doenças autoimunes como, por exemplo, distúrbios da tireoide, diabetes tipo 1 ou doença inflamatória intestinal, pode tornar o indivíduo mais propenso a desenvolver esclerose múltipla.

A pessoa que sofre de esclerose múltipla pode experimentar diversos sintomas em diferentes regiões do corpo, como dormência, formigamento, sensações de picada de agulha, dores, fraqueza muscular, tremores, além de distúrbios cognitivos, psicológicos e emocionais, em momentos distintos da vida.

Uma paralisia facial, por exemplo, pode surgir logo após o fim de fraquezas nas pernas. O aumento e a diminuição de sintomas caracterizam a forma mais comum do distúrbio, que, quando ocorre, é chamada de esclerose múltipla recorrente-remitente.

Além disto, indivíduos com a doença se sentem sempre muito cansadas, mesmo após uma noite bem dormida.

 

Cápsula oral controla a esclerose múltipla

O tratamento da doença  geralmente se concentra em manejar as crises, controlar os sintomas e reduzir o seu progresso. Seu controle deve ser feito por meio de cápsula oral diária ou injeções diárias, semanais e mensais. No entanto, algumas pessoas têm sintomas tão leves que não necessitam de tratamento.

Além do tratamento medicamentoso, algumas medidas diárias podem ajudar a conviver com a doença e minimizar sua progressão. A prática de exercícios físicos regularmente, uma dieta equilibrada, meditação e yoga para aliviar o estresse e descanso são algumas medidas indicadas para conviver melhor com a doença.

 

 

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