Manter vícios ou uma dependência pode afetar de uma forma muito prejudicial tanto a saúde quanto a vida em geral. Cigarro, álcool, drogas e outras substâncias psicoativas são utilizadas, em alguns casos, na tentativa de esquecer e fugir dos problemas e preocupações do dia a dia, mas que a médio e longo prazo seu consumo habitual pode ter sérias consequências.
Por isto, é preciso estar atento para as substâncias ou comportamentos presentes em nossa rotina que podem em longo prazo, se converter em vícios que podem vir a encurtar a vida.
Origem dos vícios está ligada a muitos fatores
Na população mais jovem, as causas dos vícios geralmente estão relacionadas a problemas gerados no ambiente familiar, às influências do ambiente em que se está inserido, à curiosidade de descobrir a novidade que envolve estes tipos de substâncias e problemas emocionais.
Estudos realizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) percebem a importância que os mecanismos do cérebro têm nos processos que desencadeiam vícios de determinadas substâncias, sendo este motivado por diversos fatores como psicossocial, ambiental, biológico, genético ou cultural.
O tabagismo é muitas vezes justificado como um hábito inofensivo, mostrando que grande parte dos fumantes não está disposta a largar o vício. No entanto, este mau hábito pode comprometer significativamente a longevidade da pessoa.
Segundo estudos realizados pela Global Health Institute, em Toronto, pessoas que possuem o vício do fumo morrem, em média, 10 anos antes do que o restante da população, o que mostra que, embora os efeitos nocivos do cigarro apareçam apenas em longo prazo, eles tendem a ser bastante agressivos.
Apesar do índice preocupante, é possível melhorar esta expectativa de vida. Para isto, basta parar de fumar. Aqueles que largarem o vício entre os 30 e 40 anos podem recuperar até nove anos de vida. Já depois dos 65 anos só conseguem reaver quatro anos.
Mas, vale sempre lembrar que mesmo cessando o hábito, o risco de morte continua sendo maior do que o da população em geral. Por causa do cigarro, a expectativa de vida dos fumantes diminui, em média, 25%.
Álcool está entre os mais frequentes vícios
Outro vício que pode reduzir a expectativa de vida de um indivíduo é o álcool. Alguns estudos afirmam, inclusive, que o álcool encurta mais a vida do que o fumo, sendo mais prejudicial para as mulheres.
A expectativa de vida das alcoólatras é 4,6 vezes menor do que mulheres com hábitos saudáveis. Entre os homens dependentes do álcool a expectativa de vida é quase duas vezes menor do que de homens não viciados.
Estima-se que a idade média de morte para as mulheres era de 60 anos, e para os homens de 58 anos, ambos 20 anos a menos do que a expectativa de vida entre a população em geral.
A baixa expectativa de vida entre os alcoólatras está atrelada ao fato de que o alcoolismo leva a outros tipos de vícios como, por exemplo, o tabagismo, o uso de drogas e até mesmo à obesidade. O quadro se torna mais alarmante porque mesmo que as pessoas comecem a tratar o vício e consigam se curar, não haverá maior sobrevida para ela.
O vício em drogas também é responsável por encurtar a vida de uma pessoa, sendo que seus efeitos acabam sendo ainda mais agressivos e rápidos do que o de outras substâncias. A expectativa de vida de um viciado em crack, por exemplo, geralmente não ultrapassa um ano.
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