Gestante

Você sabe o que é gravidez molar? Descubra!

Por Redação Doutíssima 21/01/2015

A gravidez molar é uma complicação rara, que ocorre durante o processo de fertilização do óvulo e acarreta em anormalidades na placenta. Essa condição leva ao aborto espontâneo, pois não há condições para que um bebê se desenvolva.

gravidez molar

A gravidez molar pode causar câncer se o tratamento não for adequado. Foto: iStock, Getty Images

Conheça os sintomas da gravidez molar

 

A gravidez molar pode pode ser completa ou parcial. A primeira é quando o feto recebe espermatozoides duplicados, e a segunda quando, além das duas células do pai, o feto recebe uma célula da mãe. Essa alteração forma um emaranhado de células, semelhantes a um cacho de uva, dentro do útero.

 

Os sintomas da gravidez molar são bem parecidos aos de uma gravidez normal. Enjoos matinais, fadiga, excesso de sono e atraso no ciclo menstrual são os mais comuns.

 

Após a sexta semana, pode ocorrer o aumento do útero, sangramento vaginal e dores nas costas e abdômen. Nestes casos, o hormônio da gravidez, o HCG, fica muito mais elevado do que o normal.

 

Já as causas da alteração ainda não foram comprovadas, contudo, o mais aceitável é que acontece pela fecundação do óvulo por dois espermatozoides ao mesmo tempo. O diagnóstico da doença é realizado por meio de exames de sangue e de ultrassonografias transvaginais.

 

Existe tratamento para a gravidez molar?

 

A gravidez molar, geralmente, dura no máximo oito semanas e é encerrada por meio de um aborto espontâneo. Entretanto, se a alteração genética for descoberta antes disso, será preciso realizar um abordo forçado.

 

Depois do aborto, deve ser feita uma curetagem, que consiste na raspagem do interior do útero. O procedimento é necessário para limpá-lo e retirar as células anormais do corpo.

 

Talvez seja preciso fazer uma segunda curetagem ou usar remédios específicos para a expulsão do tecido embrionário do organismo. Mesmo após a limpeza, algumas células do embrião podem permanecer no organismo.

 

Em longo prazo, essa sujeira pode se transformar em tumores malignos ou benignos, variando de caso para caso. Se a mulher for diagnosticada com tumor maligno será preciso começar o tratamento com radioterapia, quimioterapia ou cirurgia.

 

Algumas mulheres podem desenvolver a gravidez molar invasiva, que é mais comum de ocorrer nas gestações completas do que nas parciais. Neste caso, os tecidos anormais podem migrar para a corrente sanguínea e afetar órgãos como os rins, pulmões e fígado, mesmo após a curetagem.

 

A alteração genética ocorre em média uma vez a cada mil gestações, sendo que mulheres com tipo sanguíneo B tem mais predisposição a desenvolver a doença. As chances de ter o problema duas vezes é de apenas 2%.

 

É possível engravidar após ter uma gravidez molar?

 

Depois de fazer o tratamento para gravidez molar é preciso ter acompanhamento médico por, pelo menos, um ano para controlar os níveis de HCG no corpo.

 

Esse tipo de gravidez não compromete futuras gestações, entretanto, mulheres que passaram pelo tratamento quimioterápico devem esperar um ano (depois de zerados os níveis de HCG) para engravidar novamente. Para as que não realizaram o procedimento, o tempo de espera é de seis meses.

 

 

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