É direito da gestante participar de todas as decisões que envolvem ela e seu bebê. No entanto, muitas vezes o que acontece são médicos tomando decisões por elas, assim como maridos não respeitando suas vontades.
Um bom exemplo é o que acontece hoje em dia no Brasil com relação à cesariana. Na rede privada, a cada dez partos, nove são cesáreas.
Um fenômeno que já chamou a atenção do Ministério da Saúde e que fere o direito da gestante de escolher a forma como seu filho vai nascer, já que é praticamente impossível encontrar obstetras que valorizem o parto normal.
Plano de parto garante o direito da gestante
Aqui no Brasil ainda é pouco falado, mas nos Estados Unidos, há mais de três décadas o direito da gestante é respeitado a partir de um documento que a própria mulher faz. O chamado plano de parto traz todas as informações que a equipe médica e os familiares devem saber sobre as decisões da futura mamãe.
O plano de parto deve ser preenchido até o final da gestação e deve trazer informações importantes sobre as decisões e vontades da mulher.
Por exemplo, qual parto ela prefere, normal, natural ou cesárea, se ela quer a presença de alguém no momento do parto, se aceita soro ou não, se quer aferir caminhadas para induzir o parto, quem pode dar banho no bebê ou ainda quais pessoas irão ficar com ela no quarto.
Como funciona o direito da gestante?
No livro Parto Normal ou Cesárea – Tudo O Que As Mulheres Deveriam Saber, as obstetras Ana Cristina Duarte e Simone Diniz (Unesp) falam da importância de estar claro para a família e para a equipe médica que é direito da gestante ter liberdade de escolha sobre o que ela quer e não quer que aconteça com ela e seu bebê.
As médicas também explicam que isso, no entanto, não acontece de uma hora para outra. Até porque é somente quando a mulher engravida que ela passa a ter interesse sobre o assunto parto.
Por isso, o diálogo é fundamental. Conversar com o médico, enfermeira, marido, mãe, madrinhas. Enfim, tirar dúvidas, compartilhar experiências, ler livros, participar de fóruns na internet, tudo que possa ajudar a mulher a entender o que ela deseja para o nascimento é bem-vindo.
Munida de todas as informações que julga necessária, a mulher é capaz de fazer um plano de parto, que é um direito da gestante, sem deixar dúvidas para nenhum dos envolvidos.
Fazer cópias do plano e distribuir para a equipe médica, marido e familiares é importante para que todos saibam quais são os desejos da mulher.
Claro que algo inesperado pode acontecer e pode não estar contemplado no plano de parto. Por isso, é importante deixar claro isso no documento, bem como a equipe médica deve estar ciente de que deve, na medida do possível, comunicar a mulher e o pai da criança sobre as alternativas tomadas em caso de urgência.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!