Se o seu filho não quer estudar, antes de tomar como um simples ato de preguiça juvenil, descubra se ele não é mais uma vítima do bullying nas escolas.Infelizmente, esse é um problema social cada vez mais comum.
A prática tem afastado crianças e adolescentes do prazer de conviver com os colegas, além de desenvolver problemas como baixa autoestima e, nos casos mais graves, até a depressão.
Prática de bullying nas escolas não é nova
Bully, em inglês, significa “valentão”. O nome caracteriza a prática de intimidação que uma pessoa ou um grupo dispensa a outras por motivo algum ou por ser mais frágil ou diferente dos demais.
O bullying nas escolas não é um problema dessa geração. Talvez, pelo fato de o assunto ser mais discutido e tratado com mais atenção por pais, professores e autoridades, ele pareça algo novo, embora não seja.
Diferentemente do que ocorria no passado, o crescimento das discussões do bullying na comunidade escolar acontece porque as consequências vão muito além de uma simples brincadeira a ser esquecida.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o corpo (ser muito magro ou obeso) é o maior responsável pelo bullying nas escolas. Segundo o estudo, cerca de 54% dos alunos da rede pública se acham muito gordos e, nas particulares, esse índice sobe para 63%.
A mesma pesquisa aponta que as vítimas de bullying nas escolas são mais propensas ao consumo excessivo de drogas ilícitas, álcool e cigarros. Também são os que mais procuram alternativas não saudáveis para emagrecer.
Por outro lado, os “valentões” são maioria nos casos que envolvem bullying nas escolas. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE) de 2012, um em cada cinco adolescentes entre 13 e 15 anos pratica bullying contra os colegas. Brasília/DF é a capital onde a prática está mais presente, segundo o IBGE.
Bullying nas escolas: como ajudar o seu filho
Independentemente do jovem estar no papel de vítima ou de agressor, é preciso que os pais tenham uma postura ativa quanto a essa prática, a fim de ajudar a erradicá-la de vez.
1. Se seu filho for vitima
Seja mais participativo na vida escolar do seu filho, comparecendo o máximo de vezes possíveis no ambiente escolar e, dessa forma, conhecendo colegas e professores.
Ao perceber que seu filho foi vítima de bullying, não o tire da escola imediatamente. Ajude-o a vencer a agressão com o auxílio dos professores e demais colegas.
Não tome atitudes precipitadas como revidar as agressões ou mesmo ignorá-las por achar que é “coisa de criança”. Nos casos mais graves, procure ajuda de profissionais da psicologia para verificar qual a melhor estratégia que a família pode tomar, juntamente com a escola. Isso pode evitar consequências maiores.
2. Se o seu filho for o “valentão”
Não ignore os chamados da escola, caso queiram conversar sobre o comportamento do seu filho. Ouça, de maneira imparcial, todos os envolvidos, para então tomar uma decisão.
Tente entender o que faz com que seu filho se manifeste por meio do bullying. Muitas vezes, é uma forma de descontar algo traumático ou repetições de atos que ele vê no meio familiar.
Incentivar o jovem a se desculpar diante dos pais e do colega ofendido também pode ajudar na compreensão da crueldade do ato. Fale das consequências na vida do agredido e demonstre estar ali para ajudá-lo a ser uma pessoa melhor.
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