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Cirurgia de mudança de sexo pode ser feita pelo SUS

Por Redação Doutíssima 23/04/2015

Em passarelas e estúdios fora do Brasil, ela se tornou famosa por estrelar campanhas de grifes famosas como Givenchy. Em solo brasileiro, a modela Lea T., que acaba de completar 34 anos, ganhou mais notoriedade depois de anunciar que faria uma cirurgia de mudança de sexo.

 

Lea T., filha do ex-jogador Toninho Cerezo, é uma das muitas pessoas que se descobrem na essência, diferentes do corpo em que vieram ao mundo.

Nascida como Leandro, a modelo transexual realizou a cirurgia de mudança de sexo em 2012, na Tailândia. Mas você sabia que no Brasil é possível se submeter a este procedimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS)? Quase 7 mil procedimentos, tanto ambulatoriais quanto cirúrgicos, foram feitos no Brasil, desde 2008, quando o serviço passou a ser oferecido.

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Modelo Lea T. tornou famosa no Brasil a cirurgia para mudança de sexo. Foto: Reprodução, Instagram

Requisitos para cirurgia de mudança de sexo

Antes de obter o benefício, a pessoa precisa atender a alguns requisitos e critérios. O Ministério da Saúde exige que, para fazer a cirurgia de mudança de sexo, a pessoa seja maior de idade, tenha acompanhamento psicoterápico por pelo menos dois anos e que apresente um laudo psicológico e psiquiátrico favorável e diagnóstico de transexualidade.

Desde novembro de 2013, o Ministério da Saúde aumentou o número de atendimentos, incluindo procedimentos para redesignação sexual também de mulher para homem. Para qualquer caso que exija cirurgia para mudança de sexo, é feita uma avaliação e acompanhamento ambulatorial com equipe multiprofissional e total assistência ao paciente.

A idade mínima para procedimentos ambulatoriais é 18 anos e esses procedimentos incluem acompanhamento multiprofissional e hormonioterapia. Já para a cirurgia para mudança de sexo, a idade mínima é de 21 anos.

Toda pessoa que apresentar ao SUS a queixa de incompatibilidade entre sexo anatômico e o sentimento de pertencimento ao sexo oposto ao do nascimento tem garantido o atendimento humanizado, acolhedor e livre de discriminação, conforme a  portaria 457, de agosto de 2008.

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Atendimento humanizado é garantido para quem deseja realizar o procedimento Fonte: iStock, Getty Images

Como funciona a cirurgia de mudança de sexo

Entenda, primeiro, que o termo “mudança de sexo” se refere à alteração das características físicas sexuais do indivíduo por meio de cirurgia ou de tratamento com hormônio. A cirurgia de mudança de sexo é a cirurgia genital à qual as pessoas podem se submeter ou serem submetidas quando criança.

Os hospitais aptos a fazerem a cirurgia devem oferecer serviços do que se denomina de Atenção Especializada com profissionais da saúde nas áreas de endocrinologia, ginecologia e obstetrícia, urologia, cirurgia plástica, psicologia e psicologia, enfermagem e assistência social.

Cinco Estados brasileiros possuem hospitais credenciados pelo SUS para fazer o Processo Transexualizador: Hospital das Clínicas (Goiânia-GO), Hospital de Clínicas de Porto Alegre (Porto Alegre-RS), Hospital Universitário Pedro Ernesto (Rio de Janeiro-RJ), Fundação Faculdade de Medicina (São Paulo-SP) e Hospital das Clínicas (Recife-PE).

Para as mulheres transexuais (MtF — Male to Female, de homem para mulher, em inglês), a cirurgia de redesignação sexual envolve essencialmente a reconstrução dos genitais, embora outros procedimentos possam ocorrer.

 

Em muitos casos, algumas mulheres transexuais decidem não se submeter à cirurgia de redesignação genital). Já nos homens transexuais (FtM — Female to Male, de Mulher para Homem, em inglês), ela compreende um conjunto de cirurgias, incluindo remoção dos seios, reconstrução dos genitais e lipoaspiração.

 

 

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