A forma em que a criança escuta está ativamente ligada ao aprendizado, comunicação com os outros e no desenvolvimento da personalidade. Mas como um bebê escuta, a partir de quando e quais são os seus sons favoritos?
Pesquisadores canadenses mapearam a “forma de escutar” e confirmaram que os bebês preferem balbuciar e se comunicar entre si, do que com adultos. Os especialistas confirmaram também, através de testes de audiometria, que os pequenos preferem os sons agudos.
Já no útero, o bebê ouve, mesmo os sons abafados pelo líquido amniótico. Ele responde ao som a partir do sétimo mês de gravidez. Claro, ele escuta primeiro os sons biológicos da mãe, batimento cardíaco, respiração, funcionamento intestinal, etc. Em seguida, ele ouve os sons externos e seus diferentes tons, antes de mergulhar em uma tempestade de som real no dia do seu nascimento.
O sistema auditivo
No geral, as orelhas do feto começam a se desenvolver a partir do oitavo mês, mas a audição é refinada até a semana 35, com uma ampliação de frequências sonoras. Nesta fase, o bebê já ouve melhor os sons graves e agudos. Ele também se torna sensível a diferentes durações de som. Normalmente, o ambiente sonoro no qual um bebê é submetido ainda no útero pode, eventualmente, ter consequências.
Por exemplo, acredita-se que um bebê exposto regularmente a um ambiente com música, quando ele estava no útero, pode mais tarde desenvolver habilidades musicais especiais. Por outro lado, a ausência de som no útero resultaria no atraso desenvolvimento da sensibilidade auditiva.
Os bebês preferem crianças balbuciando
Mas quais são os sons prediletos dos pequenos ainda no útero? Um experimento realizado por uma equipe de pesquisadores canadenses respondeu a essa pergunta: os bebês são muito mais suscetíveis ao murmúrio de outras crianças do que a linguagem adulta.
Para chegar a essa conclusão, bebês com seis meses de vida foram submetidos a registros reproduzindo uma voz feminina ou um balbucio de outra criança.
Os pequenos responderam com mais sorrisos e movimentos da boca o balbuciar emitido por seus pares, que eles também tenham concedido mais 40% de tempo de atenção. Esses bebês não entendem a conversa de outras crianças, mas eles parecia tentar se comunicar e reproduzir os sons ouvidos.
Essa descoberta é importante, já que a atração a certos sons podem contribuir para o processo de aquisição da linguagem. É com a prática de movimentos da boca e cordas vocais que as crianças aprendem gradualmente a emitir seus primeiros sons, pronunciando sílabas e palavras.
Os bebês são atraídos por sons agudos
Podemos supor que os bebês são mais atraídos por vozes agudas, e isso os prepara para receber a sua própria voz. Intuitivamente, eles nos entendem, já que os adultos costumam se comunicar com os bebês com onomatopeias “gugu dadá, mãmã, papá…”
Então, devemos também mudar o tom da nossa voz e avançar para os agudos para chamar a atenção dos bebê? Alguns estudos já sugeriram, mostrando que os bebês são muito mais suscetíveis a canções de ninar cantada por suas mães do que aqueles ouvido na rádio ou na TV. Por quê?
Geralmente ao falar com nosso filho, nossa voz é mais aguda, mas também mais rítmica, carregada de mais emoção. E os bebês fazem a diferença!
Fique atento aos sinais emitidos pelos bebês
Os pais devem ficar atentos aos ruídos emitidos pelos pequenos. Especialistas explicam que, caso o bebê não emita nenhum balbuciado entre o nono e décimo mês de vida, pode ser um sinal de problemas com a audição.
Nesse caso, é necessário consultar um otorrinolaringologista para realizar testes de audição correspondente à idade da criança.
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