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Confira 3 evoluções científicas para quem é tetraplégico

Por Redação Doutíssima 15/06/2015

Quem é tetraplégico precisa superar muitas dificuldades no dia a dia. A tetraplegia é caracterizada pela perda dos movimentos de braços e pernas, em maior ou menor grau, e torna muito complicada a realização de quaisquer atividades que exijam o uso dos membros.

 

Felizmente, há inúmeras pesquisas em andamento que buscam melhorar a vida do tetraplégico. Confira abaixo três evoluções científicas que prometem ajudar e dar mais qualidade de vida a quem precisa.

tetraplegico

Transferência de nervos que fazem comunicação com a medula é esperança para tetraplegia. Foto: Shutterstock

 

Prótese é esperança para quem é tetraplégico

Usar próteses não é novidade alguma para quem tem tetraplegia, mas uma nova versão vem dando o que falar.

 

Pesquisadores do California Institute of Technology, dos Estados Unidos, desenvolveram um novo modelo que promete devolver a essas pessoas o controle sobre a suavidade dos movimentos. A grande diferença desse novo tipo está no local do cérebro ao qual o chip que controla a prótese está instalado.

 

Até então, o chip das próteses era colocado no córtex motor, que é a região do cérebro que controla a ação individual de cada músculo. No modelo desenvolvido pelos cientistas americanos, o chip foi implantado no córtex parietal posterior, localizado próximo à orelha e parte do cérebro que controla a intenção inicial.

 

Dessa forma, o computador utiliza sinais específicos de quais movimentos a pessoa pretende fazer, e traduz esses sinais para a prótese. Esse é o grande diferencial do novo modelo, que analisa a vontade do tetraplégico como um todo e consegue transmitir fielmente sua intenção, resultando em um movimento mais suave e natural.

 

Transferência de nervos para quem é tetraplégico

De acordo com um estudo de caso publicado no Journal of Neurosurgery, uma cirurgia de transferência de nervos é capaz de dar novas perspectivas a quem possui tetraplegia. Esse procedimento, conduzido por uma equipe da Washington University, de Saint Loius, Estados Unidos, mostrou-se eficaz para permitir que um paciente voltasse a mover os dedos.

 

A técnica explora a habilidade dos nervos periféricos, que enviam sinais entre a medula espinhal e os músculos, de se regenerar. Basicamente, retira-se um nervo que está funcionando que, então, é colocado em um local onde o nervo já não está mais funcionando.

 

Não são todos os pacientes que podem fazer esse tipo de procedimento. Tudo depende do local da lesão e a extensão dos danos por ela causados no tetraplégico.

Nesse caso em particular, por exemplo, se o dano tivesse ocorrido um pouco mais abaixo na medula espinhal, o paciente teria mantido o movimento dos dedos, mas se a lesão fosse um pouco mais acima, não haveria nervos em funcionamento para realizar a cirurgia.

 

Peixe-zebra para regenerar medula

Estudos realizados por especialistas do Instituto de Medicina Regenerativa da Monash University, na Austrália, descobriram o motivo de o peixe-zebra possuir a capacidade de autorregenerar sua medula espinhal.

Conforme o estudo, o peixe-zebra tem uma proteína específica, chamada fator de crescimento fibroblasto, que permite a regeneração completa da medula espinhal menos de dois meses após a lesão que a afetou.

 

O próximo passo, agora, é entender como essa descoberta pode ajudar quem é tetraplégico – ou seja, se é possível inseri-la em seres humanos para estimular a regeneração da medula espinhal.

 

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