Clínica Geral

Cardiomiopatia: conheça as causas, sintomas e tratamentos

Por Redação Doutíssima 15/07/2015

A cardiomiopatia ou miocardiopatia é uma doença que causa alterações nos músculos do coração e pode exigir realização de procedimento cirúrgico. Segundo o Registro Brasileiro de Transplantes, em 2014, 311 pacientes passaram pelo transplante cardíaco no país.

 

Saiba que existem quatro tipos de miocardiopatia. São eles: dilatado, restritivo, hipertrófico e arritmogênico do ventrículo direito.

cardiomiopatia

Consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode ser uma das causas da miocardiopatia. Foto: iStock, Getty Images

 

Cardiomiopatia tem causas desconhecidas

Segundo João Carlos Guaragna, chefe do serviço de Cardiologia do Hospital São Lucas da PUCRS, a causa específica da cardiomiopatia é geralmente desconhecida. Porém, sabe-se que o consumo de álcool, a doença conhecida como Mal de Chagas e viroses podem causar a condição no coração.

O médico ainda relata que há um componente genético envolvido na miocardiopatia hipertrófica, que é um aumento exagerado da espessura do músculo cardíaco, condição com risco de morte súbita.

Ataques cardíacos também podem desencadear a condição. Ao se recuperar, o tecido coronário forma cicatrizes que não reagem aos movimentos do coração como a parte saudável do tecido, comprometendo o funcionamento e sobrecarregando as áreas não afetadas do órgão.

Como identificar a cardiomiopatia

O médico especialista informa que às vezes, infelizmente, a morte súbita é a primeira manifestação da miocardiopatia. Ao mesmo tempo, muitas pessoas convivem com a condição e não manifestam sintomas nem terão nenhum problema nesse sentido durante a vida.

Quando é possível identificar a cardiomiopatia a tempo de tratá-la, os sinais, segundo João Carlos, são arritmias, desmaios, dores no peito e falta de ar. “O diagnóstico é feito pelo exame físico do paciente, eletrocardiograma, raio-x de tórax e ecocardiograma. Às vezes, é necessária uma ressonância cardíaca”, informa o especialista.

Todas as alternativas de tratamento começam com a identificação do tipo de miocardiopatia, diz o especialista. “Nos casos em que há risco de morte súbita, são usados os dispositivos implantáveis tipo marcapasso, desfibriladores automáticos e ressincronizadores”, diz.

Segundo ele, a maioria dos tipos de cardiomiopatia não tem cura. No entanto, no caso do álcool, a interrupção no consumo tem excelentes resultados. O médico também fala sobre a possibilidade de transplante.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Transplante de Órgãos, em torno de 50% dos transplantes de coração realizados no Brasil entre 1995 e 2004 foram em razão de algum dos tipos de cardiomiopatia.

O National Heart, Blood and Lung Institute, do governo dos Estados Unidos, informa que além do tratamento com medicações ou dispositivos, são recomendadas algumas mudanças de hábitos que prejudicam a saúde cardiovascular.

Reduzir o estresse, parar de fumar, perder o excesso de peso, ter um sono tranquilo e regular e o tratamento de condições adjacentes, como diabetes e pressão alta, auxiliam na melhora da saúde em casos de miocardiopatia.

Essas atitudes também podem agir na prevenção da condição quando não há predisposição genética.

 

Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão DoutíssimaClique aqui para se cadastrar!