Se você ainda não ouviu falar na palatinose, é hora de conhecer a substância e aproveitar os benefícios proporcionados por ela. Derivada da sacarose, é considerada um carboidrato inteligente, pois libera a energia gradativamente no organismo, sem gerar picos de glicose.
Rearranjo enzimático gera palatinose
Extraído da beterraba, o açúcar passa por um processo de rearranjo enzimático promovido por uma bactéria e transforma-se em palatinose, resultando na forma de glicose com frutose. Quem ensina como é feito o processo é a nutricionista Alice Bayer Monteiro.
Ela comenta que a substância é considerada um carboidrato inteligente porque é liberado aos poucos na corrente sanguínea. “Isso é um avanço no controle de peso e para atletas que buscam ganho de massa muscular”, adiciona.
Além da beterraba, mel, cana-de-açúcar, raízes e frutas também podem ser fontes para o produto final chamado palatinose. Segundo a nutricionista, a substância pura substitui o açúcar comum.
Conforme um artigo publicado na revista Adititvos e Ingredientes, da Editora Insumos, o perfil sensorial dessa substância é muito parecido com o do açúcar. Além disso, é suave, natural e não apresenta sabor desagradável após o consumo.
Por que optar pela palatinose?
Alice comenta que a liberação de energia gradativa se deve ao baixo índice glicêmico da palatinose. A substância não provoca picos de glicose no sangue, ajudando a preservar o glicogênio muscular, usando a gordura armazenada no corpo como fonte de energia.
Além disso, esse doce não provoca cáries e tem uma ótima taxa de absorção, conforme a especialista. Ela ainda frisa que diabéticos podem e devem consumir carboidratos de baixo índice glicêmico, portanto, essa substância pode fazer parte da alimentação de quem tem insuficiência de insulina.
Tanto o FDA (Food and Drug Administration) quanto o EFSA (European Food Safety Authority), órgãos fiscalizadores de alimentos e seus impactos na saúde dos Estados Unidos e Europa, respectivamente, publicaram em 2006 documentos que aprovam o uso dessa substância em vez de açúcar nos alimentos.
O órgão europeu informa que esse substituto não causa danos aos dentes, não é carcinogênico e que não causa respostas rápidas de insulina, desequilibrando o balanço energético do organismo.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) também afirma que a substância é aprovada para o consumo.
Como consumir
A nutricionista Alice recomenda o uso da palatinose como substituto do açúcar em bebidas instantâneas, como sucos, leite e vitaminas. A troca de um para outro é simples, já que a versão mais saudável e inteligente é um pó branco e cristalino, bem similar ao adoçante mais popular.
Quanto às quantidades, variam conforme o objetivo. Se o foco é o aumento de energia, 15 gramas devem ser consumidos de uma vez só antes da atividade física.
Se o objetivo for a oxidação de gordura, a quantidade recomendada passa a ser 18 gramas.
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