É comum vermos pessoas utilizando smartphones em shoppings, nas ruas e nos carros. No entanto, algo que merece muita atenção é o celular na escola. Muitas vezes, os pais cedem aos apelos dos filhos e deixam que levem o aparelho para a sala de aula. Essa atitude, porém, pode causar problemas não só para os professores, mas para as próprias crianças.
Celular na escola: vantagens e desvantagens
Em alguns estados do país, já existem leis que proíbem a utilização do celular na escola, que deve permanecer desligado enquanto estiverem sendo ministradas as aulas. Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal são alguns exemplos. A escola passa a ser responsável pelo controle e medidas que garantam o seu cumprimento.
De acordo com o médico psiquiatra Daniel Guzinski, um dos grandes problemas é que muitos pais terceirizam a educação dos filhos. “Fica tudo para a escola, mas esses pais esquecem que há algumas coisas que precisam vir de casa, não dá pra deixar que tudo se resolva lá”, alerta.
Existem defensores do uso do celular na escola como recurso pedagógico, pois uniria algo do universo dos alunos ao cotidiano escolar. O psiquiatra, no entanto, lembra que ainda falta estrutura para isso.
“Muitos professores não sabem utilizar os recursos com este fim nem recebem treinamento. Além disso, nem todos os alunos podem ter as ferramentas”, pondera.
Essa seria uma das vantagens e motivos para justificar a presença do celular na escola. A segurança seria outra razão pela qual os pais concordam que os filhos levem os aparelhos sempre com eles, para monitorar onde estão.
As desvantagens, no entanto, vão desde o desvio de atenção até possibilidades de prática de bullying dentro da escola. “Não é possível fazer duas coisas com qualidade, e também acontecem casos de desrespeito”, diz o psiquiatra.
Os professores, segundo o médico, além de barrarem o celular, precisam do apoio da direção e dos pais, mas nem sempre isso acontece.
Celular na escola e limites em casa
Uma das opções é conversar com os próprios filhos e tentar fazê-los entender que o uso do celular na escola pode desviar a atenção dos conteúdos e prejudicar o rendimento. Mas essa não é uma tarefa fácil.
“É difícil aceitar abrir mão, mas se o diálogo falhar, é preciso ser firme e manter a posição. Se não pode levar, não pode, é um limite”, recomenda.
Nada impede, segundo o médico, que seja acertado com a escola e professores que os alunos possam levar o celular, mas que ele fique desligado em uma caixinha próxima do professor até o intervalo ou final da aula. Assim, os pais podem entrar em contato fora do horário da aula e durante, os alunos podem focar no que devem, os estudos.
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