Qualidade de vida

Mulheres divorciadas: estudo diz que elas são mais felizes

Por Redação Doutíssima 01/09/2015

Apesar de toda a dor emocional e das mudanças na vida financeira, social e profissional de um casal que se separa, as mulheres divorciadas são mais felizes. É o que aponta um estudo que ainda está sendo desenvolvido na Inglaterra pelo Centro de Pesquisa da área de Emprego, Aptidões e Sociedades da Escola de Administração de Kingston.

 

De acordo com essa pesquisa, que analisa pessoas com idade entre 16 e 60 anos, depois de vencidas as etapas dolorosas, são as mulheres as que mais demonstram felicidade com o fim do casamento.

mulheres divorciadas

As mulheres optam pelo divórcio quando já tentaram outras alternativas para salvar o casamento. Foto: iStock

Já foram ouvidas mais de 10 mil pessoas até agora cujo grau de felicidade vem sendo avaliado ao longo de 20 anos, depois de passarem por situações marcantes como o divórcio, a morte do companheiro ou a perda de emprego.

Mulheres divorciadas lutaram mais pela relação

Os estudiosos observaram o processo psicológico pelo qual as pessoas passavam para se readequarem às novas circunstâncias.

Um dos dados mais importantes refere-se à estabilidade financeira, onde o poder aquisitivo dos homens após o divórcio costuma cair 25%, enquanto o das mulheres divorciadas chega a 50% e mesmo tendo uma perda financeira maior, as mulheres demonstram maior satisfação com o fim do casamento.

Mas o que faz com que as mulheres divorciadas sejam mais felizes? Segundo a psicóloga Lais Loureiro, isso pode estar ligado ao fato de que são as mulheres que mais lutam para salvar a relação. São elas que pensam, buscam mais ajuda e analisam.

Não encontrando solução, optam pelo divórcio. A grande participação para manter o relacionamento dá a sensação de “dever cumprido”, de não-negligência. Isso proporciona motivação para seguir adiante.

As mulheres divorciadas chegam nesse estágio como última opção, depois de terem procurado estimular e  incentivar os questionamentos típicos de todo casal em crise. As dúvidas, os sentimentos, se vale a pena ou não seguir, tudo foi colocado em pauta pela mulher.

Mulheres divorciadas são minoria após os 30 anos

Entre as brasileiras, a maioria das mulheres divorciadas está na faixa etária entre os 20 e 30 anos. Depois disso, segundo a última pequisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013, são os homens que se divorciam mais.

Para a psicóloga, é nesse período que a mulher arrisca mais. É uma questão cultural, que coloca a mais jovem como mais perto de novas oportunidades e facilidades em vários setores da vida, no mercado de trabalho ou no que se refere a relacionamentos.

Depois dessa idade, a mulher passa a ser vista como madura para esses setores e sente-se mais insegura para tomar decisões impactantes, especialmente na vida dos filhos. No entanto, Lais lamenta esse quadro coletivo, essa situação que coloca a mulher tão improdutiva.

“Uma mulher feliz e realizada tem mais chances para a vida, independente da idade, se comparada a uma mulher nova e frustrada. Seu olhar para o viver é diferente”, diz.

 

Alternativas para enfrentar o divórcio

As histórias de cada casal são diferentes, não há fórmulas para ser feliz depois de um divórcio. Mas independente de crise no casamento ou de relação desgastada, é importante manter vínculos como amizades. Elas poderão ser um importante suporte para atravessar momentos difíceis.

Novos hábitos também podem ser fundamentais depois da separação. Diante da solidão, quando ainda não se está acostumada à ausência do parceiro, contatar novos grupos e atividades diferentes pode ser um boa opção. A ajuda terapêutica também pode ser uma excelente alternativa. Ela dará base para superação e novas conquistas.

 

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