Criado para conscientizar as mulheres a respeito do câncer de mama, o Outubro Rosa é um mês especial para cuidar da saúde feminina com atenção. Na luta contra essa doença, nada melhor do que ampliar o conhecimento a respeito da biópsia mamária.
Como é feita a biópsia mamária
De acordo com a médica Michelle Miya, mastologista, ginecologista e coordenadora científica do Instituto Se Toque, a biópsia mamária é o nome dado a um procedimento invasivo que tem por objetivo a retirada de uma amostra de tecido mamário.
O fragmento passa por uma análise citológica, que serve para detectar lesões, ou histológica, que analisa os principais pontos do tecido. A profissional destaca que as biópsias são indicadas para avaliar qual o tipo de alteração que a mama possui. Isto é, somente é indicada quando existe alguma lesão identificada na mama.
Conforme o Instituto de Oncologia Oncoguia, a amostra removida durante a biópsia mamária é revisada por um patologista, médico especializado em exames de laboratório e avaliação de tecidos, células e órgãos para diagnosticar doenças. Caso os resultados apontarem a presença de células cancerosas, será o patologista a determinar o tipo de câncer de mama no organismo da paciente.
A mastologista explica que existem as biópsias de agulha fina, chamadas de BAAF ou PAAF, que extraem uma amostra de células da lesão e possibilitam uma avaliação citológica. Além disso, existem as biópsias de agulha grossa, chamada de core biopsy, que extraem pedaços da lesão para uma avaliação histológica.
Michelle ressalta que a biópsia mamária concede uma análise mais completa, pois além de ver as características das células, possibilita avaliação do comportamento dessas, como invasão, velocidade de multiplicação, diferenciação, pois a amostragem é bem maior.
Segundo a profissional, os dois tipos de exames podem ser guiados pela palpação ou por ultrassom. Além disso, existem também os procedimentos com agulha grossa que podem ser orientados por mamografia e ressonância magnética.
Para a biópsia mamária com agulha grossa, o pós-procedimento irá necessitar do uso de sutiã especial e curativos no local, que podem ser removidos depois de dois dias. Se houver a aplicação de fitas ou possíveis pontos sobre a incisão, não devem ser removidos antes da próxima consulta com seu médico.
Ainda, o profissional que solicitou o exame irá dizer as diretrizes para banhos e cuidados com bandagens em casa. É possível também que você receba uma receita com analgésicos para tomar após o procedimento. Não é indicado tomar aspirina ou produtos contendo essa substância nos primeiros três dias após a biópsia mamária.
Fatores de risco para câncer de mama
Segundo dados do Ministério da Saúde, os principais fatores que contribuem para o surgimento do câncer de mama em mulheres está ligado a faixa etária acima dos 50 anos e histórico familiar.
Além disso, não ter filhos ou engravidar após os 30 anos, consumo elevado de álcool, excesso de peso e gordura na região abdominal, falta de exercícios físicos, primeira menstruação antes dos 12 anos e mulheres que entraram na menopausa após os 55 anos correm um risco maior de desenvolver o câncer de mama.
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