Clínica Geral

SOP: conheça as causas da síndrome dos ovários policísticos

Por Redação Doutíssima 21/10/2015

A Síndrome dos Ovários Policísticos, ou SOP, é um problema enfrentado por cerca de 4 a 12% das mulheres em idade fértil segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). O diagnóstico é feito através do exame de ultrassom.

As causas da doença são desconhecidas, mas a ciência já sabe que síndrome tem fator genético. Mulheres que possuem casos na família devem investigar se também são portadoras da síndrome.

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Ciclo menstrual irregular é um dos sintomas de quem possui síndrome dos ovários policísticos. Foto: iStock, Getty Images

Sintomas da SOP

Os ovários fazem parte dos órgãos sexuais femininos e cada mulher possui dois. Eles são os responsáveis pela produção e controle dos hormônios sexuais femininos e por guardar os óvulos.

A Síndrome dos Ovários Policísticos acontece quando esses pequenos órgãos são rodeados por pequenos cistos, bolinhas de substância líquida. A alteração nem sempre provoca sintomas, muitas vezes dificultando o diagnóstico.

Os principais sinais de SOP são ciclo menstrual irregular e falta de ovulação, aumento de pelos no rosto e no corpo, ganho de peso e acúmulo de gordura abdominal, oleosidade excessiva na pele e nos cabelos, causando acne, e infertilidade. Todas essas reações são respostas do organismo ao desequilíbrio hormonal causado pela síndrome.

Se houver suspeita, um exame de ultrassom é feito para confirmar o caso. Através da imagem gerada pelo aparelho é possível perceber os ovários com tamanho levemente maior que o normal e com pequenos pontinhos ao redor. Outras técnicas de detecção de doenças podem ser utilizadas para identificar corretamente o problema.

Como tratar a síndrome

Não existe cura definitiva para a Síndrome dos Ovários Policísticos e os problemas relacionados à SOP são muito variáveis. Isso reforça a importância do diagnóstico correto e de um tratamento e acompanhamento médico individualizado.

No caso de mulheres obesas, principalmente jovens ainda na adolescência, a perda de peso é capaz de resolver os problemas da SOP. De qualquer forma, controlar a alimentação e praticar exercícios regularmente é recomendado para todas portadoras da síndrome.

A prática de atividades físicas, mesmo quando não há perda de peso, é indispensável a todas mulheres com ovários policísticos. Isso porque os exercícios reduzem os riscos de desenvolver diabetes e aterosclerose, doenças ligadas à síndrome.

A irregularidade menstrual é tratada com o uso de pílula anticoncepcional que, além de normalizar o ciclo, também ajuda no controle hormonal e ameniza os outros sintomas. Outras medicações podem ser recomendadas por um médico para tratar qualquer outro problema que possa surgir em razão da SOP.

A infertilidade também é tratável. Acredita-se que 30% das mulheres com dificuldades para engravidar tenham alguma relação com a Síndrome dos Ovários Policísticos.

A Sociedade Brasileira de Metabologia e Endocrinologia aponta que com medicamentos adequados, até 80% das portadoras de SOP voltam a ter ovulação regular, facilitando mas não garantindo a gravidez. A fertilização in vitro é a alternativa recomendada quando as chances de concepção natural são pequenas.

 

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