Psicologia

Redes sociais estão entre as causas da tristeza, diz estudo

Por Redação Doutíssima 11/11/2015

Ninguém ingressa em redes sociais para ficar triste e solitário. Mas, segundo pesquisadores, uma das causas da tristeza nos dias de hoje é justamente a internet.

Quanto mais são usadas as mídias sociais, maior o impacto que elas têm sobre sua saúde mental e bem-estar. Além disso, é preciso estar atento porque a tristeza profunda e persistente pode ser um sinal de depressão.

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É preciso estar atento porque tristeza profunda e persistente pode ser sinal de depressão. Foto: iStock, Getty Images

Redes sociais são uma das causas da tristeza

A missão das redes sociais é tornar o mundo mais aberto e conectado, mas recentes pesquisas têm mostrado que aderir a elas pode ter um custo psicológico. Um estudo da Universidade de Michigan feito com 82 universitários descobriu que quanto mais eles usaram uma rede social, piores eles se sentiram.

Os resultados foram publicados na revista PLOS One e baseados na utilização do Facebook. Para chegar a eles foi pedido aos participantes que respondessem perguntas sobre sentimentos e satisfação com a vida cinco vezes por dia ao longo de duas semanas.

As questões avaliaram sentimentos subjetivos, interações sociais e o tempo de utilização do Facebook. Os autores descobriram que aqueles que usaram essa rede com mais frequência no período de estudo relataram um maior declínio no bem-estar ao longo do tempo.  

Nesse sentido também foram as conclusões de um estudo conduzido pela Universidade de Houston. Os cientistas questionaram pessoas quanto ao uso do Facebook e ao número de vezes que elas experimentaram sintomas depressivos – que se mostraram mais recorrentes naquelas que utilizavam essa rede social.

Depressão é o mal do século

É importante saber que a internet não é o único fator capaz de levar a tristeza e depressão. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 10,8% da população brasileira apresentou esse distúrbio mental em 2013. De acordo com um estudo publicado no Journal of the American Medical Association, o transtorno depressivo é mais prevalente em mulheres.

A depressão é uma doença extremamente complexa. Ela ocorre por uma série de razões. Há quem a experimente quando está gravemente doente ou então quando sofre significativa mudança de vida – como a morte de um ente querido. Além disso, acredita-se que alterações físicas do organismo e histórico familiar sejam determinantes.

Sabe-se que pessoas com depressão parecem apresentar mudanças físicas em seus cérebros. É verdade que ainda não se conhece ao certo o significado dessas alterações, mas é possível que elas eventualmente estejam relacionadas com as causas desse problema.

Mudanças no equilíbrio hormonal também são capazes de estar envolvidas no desencadeamento da doença. Elas podem ocorrer por uma série de fatores, como gravidez, problemas de tireoide e menopausa, por exemplo.

Além disso, muitas pesquisas indicam que a recorrência da depressão é mais comum quando há histórico familiar dessa doença. Atualmente, estudos buscam encontrar quais os genes que podem estar envolvidos nesse fenômeno.

As pessoas também podem estar mais propensas a desenvolver depressão dependendo de sua personalidade. Os maiores alvos são aquelas com baixa autoestima, perfeccionistas ou sensíveis a críticas pessoais.

Caso você esteja se sentido extremamente triste, é válido buscar ajuda profissional. Medicamentos podem ser prescritos por psiquiatras para aliviar os sintomas, enquanto psicólogos podem dar aconselhamento para atravessar essa fase. Ambos os tratamentos são muito eficazes para a maioria dos casos – principalmente se feitos em conjunto.

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