Os padrões da sociedade são cada vez mais deixados de lado por mulheres que têm a consciência de que, para ter um corpo bonito, não é preciso necessariamente ser magra. Hoje em dia, há muitas gordinhas poderosas que provam que os estereótipos não devem ser uma ditadura.
Inspire-se em gordinhas poderosas
Entre as celebridades, muitas deles arrasam mesmo estando acima do peso. Um dos maiores exemplos disso é a cantora Adele que, além de fazer sucesso na música, é um ícone de beleza. Kelly Clarkson e Oprah também são grandes inspirações internacionais para quem é gordinha.
No Brasil, não é diferente: diversas gordinhas poderosas são bem-sucedidas. A cantora Preta Gil, a atriz Mariana Xavier e a jornalista Silvia Poppovic são exemplos de pessoas encantadoras que fogem dos padrões de magreza e continuam bonitas.
O fato é que não é preciso seguir a ditadura da beleza para se sentir bem. Mesmo que você esteja acima do peso, é possível trabalhar a autoestima e ficar feliz com o que vê no espelho. Inspirar-se nas famosas que têm o corpo semelhante ao seu biotipo é uma ótima forma de aumentar a autoestima.
Como lidar com os padrões de beleza
Entretanto, há mulheres que se sentem incomodadas com o corpo e inclusive aquelas que sofrem preconceito por serem gordinhas. Nessa hora, trabalhar a autoestima é essencial. É o que explica Renata Aspar Lima, psicóloga e psicanalista do Espaço Dom Quixote.
“A forma como se encara isso é singular e depende muito da autoestima, amor próprio e autoconfiança da mulher. Uma que está acima do peso e mesmo assim se sente bonita e atraente não deixará que o bullying a atinja. Hoje, a busca pela perfeição é desenfreada e quem está psiquicamente frágil embarca nisso facilmente e sofre muito”, explica a psicóloga.
Ajudar principalmente crianças e adolescentes é essencial. “Estamos tratando de uma pessoa que está se construindo psiquicamente, tendo como modelos de identificação os adultos que estão por perto. Uma mãe que considera a magreza como a única forma de ser bonita trará para a filha dificuldades de lidar com seu próprio corpo e com as mudanças que a puberdade traz” esclarece Renata.
Conforme a psicóloga, ajudar uma filha que está descontente com o peso começa quando a mãe abre o diálogo para falar das angústias, ansiedades e dúvidas da menina.
Além disso, a psicóloga menciona que o ideal é ponderar o quanto a preocupação com peso e medidas é pertinente e real, afetando a saúde da criança ou adolescente ou se trata de um exagero. Ela diz que, em alguns casos, procurar profissionais, como psicólogos, psicanalistas e nutricionistas, é essencial.
“Claro que é legal se cuidar, ter uma alimentação saudável, praticar exercícios, mas tudo com limite”, frisa a psicóloga. De acordo com Renata, transtornos alimentares como a bulimia e a anorexia são exemplos de preocupação excessiva.
Como aceitar o corpo
Que tal assumir o seu corpo da forma que ele é, aproveitando para começar 2016 com a autoestima em dia? Como você pôde ver, ela é fundamental para que a mulher consiga estar de bem com o espelho e evitar ser afetada pelo bullying ainda presente na sociedade.
“Cada mulher é única e a forma como lida com o corpo é pessoal. A autoestima e o gostar-se vem de dentro para fora e isso é construído desde bebê, não dependendo da beleza física”, aponta Renata.
A psicóloga comenta que a mídia vende a imagem de que apenas pessoas com corpos perfeitos têm sucesso no amor e na profissão, como se a beleza bastasse. Segundo ela, é desconsiderado o que é a pessoa é, suas qualidades psíquicas e personalidade.
“É isso que uma mulher que é ou está gordinha deve enxergar, se ver em uma totalidade, com corpo e alma. É importante considerar que as qualidades não são somente físicas”, aconselha. Quando fazer isso estiver difícil, a recomendação de Renata é procurar um psicólogo para dar início a um tratamento.
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