Na Grécia Antiga, uma inscrição no Templo de Delfos regia a vida e os pensamentos de filósofos como Platão e Aristóteles: conhece-te a ti mesmo. Esse ensinamento acabou transmitido a diversas gerações que, em busca da autoconsciência, tentam entender o seu íntimo, ajudar no desenvolvimento da sociedade e solucionar seus próprios problemas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é a quarta principal causa de incapacitação no mundo. Quando não se sente apta a trabalhar, estudar e viver no meio social, a pessoa acaba sentindo medos, fobias e solidão. Esse é um dos problemas que a tomada de consciência sobre si mesmo promete amenizar.
Descubra a si mesmo através da autoconsciência
Na descoberta da autoconsciência, você pode perceber situações nem imaginava existirem em seu íntimo. A partir de questionamentos simples como: gosto mais da chuva ou do sol? e prefiro rosa ou azul?, por exemplo, é possível chegar a uma resposta para quem eu sou?.
No entanto, o objetivo final só chega com dedicação e uma imersão íntima real. São as escolhas que você faz diariamente que indicam suas tendências e moldam a personalidade. Ao tomar consciência disso, é possível perceber o que faz você feliz e por que fica triste em determinadas situações.
Estudiosos famosos já enveredaram pelo caminho da autoconsciência e desenvolveram pensamentos acerca dessa imersão dentro de si. Carl Jung, por exemplo, diz que tudo está dentro de si, armazenado no subconsciente e que, com disposição e interesse, é possível encontrar a história da sua vida.
O segredo para atingir a consciência de si mesmo é conseguir conciliar o interesse, a vontade e a disciplina. Para que seja possível acessar o inconsciente e encontrar respostas para os problemas existenciais, é recomendável que se busque auxílio com um psicólogo ou psicanalista.
A meditação ajuda a encontrar as respostas que estão dentro de você. Foto: Shutterstock
Autoconsciência amplia perspectivas
A principal forma de ser autoconsciente é praticando a meditação. Como o princípio para entender seus anseios e medos está na reflexão, meditar ajuda a encontrar as respostas interiores para a maioria dos questionamentos existenciais.
Uma pesquisa da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, revisou 317 estudos e descobriu que a meditação praticada por 30 minutos diários ajuda a reduzir sintomas de depressão, ansiedade e doenças crônicas, como diabetes.
Além disso, meditar também pode melhorar quadros de insônia, devido a seu efeito tranquilizador. Apesar de não ser considerada uma terapia médica, é bastante aceita por especialistas que percebem o impacto dessa prática nos resultados de tratamentos.
Segundo a pesquisa feita na universidade estadunidense, o efeito dessa técnica é tão eficaz para a depressão quanto os antidepressivos. Isso porque ajuda a compreender o universo que existe dentro de si, encontrando soluções para os problemas do cotidiano.
Cada um possui um próprio manual de instruções e, conhecendo bem as suas respostas para as situações nas quais se encontra, é possível ser mais feliz e evitar problemas não apenas de saúde física como também mental.
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