O vírus zika tem tirado o sono e causado preocupação de autoridades do mundo todo. A última novidade registrada é a forma de contágio: além da picada do mosquito, a doença também é sexualmente transmissível.
Um caso foi confirmado no condado de Dallas, no Texas. Segundo informações colhidas pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, um homem teria se infectado após manter relações sexuais com uma pessoa que acabara de voltar de um país em que a epidemia está presente.
Prevenção é a melhor saída
Mas, apesar da confirmação do caso, as pesquisas ainda são escassas para dar conta de como esse tipo de contágio afeta o organismo e se ele pode se tornar comum. Na dúvida, a saída é se prevenir, conforme alerta o vice-presidente da área médica do Dr. Consulta, Marcos Fumio Koyama.
“Enquanto ainda não se tem certeza das informações levantadas, o uso do preservativo é fundamental não somente pela possibilidade de transmissão do zika, mas pela certeza de risco no que diz respeito a outras patologias, como AIDS ou sífilis”, completa.
OMS criar unidade especial de combate ao vírus zika
Casos como o relatado no sul dos Estados Unidos e a possibilidade de novos infectados em países que ainda não têm registro do vírus levaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) a anunciar, no dia de ontem, a criação de uma unidade global para responder ao surto na América Latina.
Com essa ação, a ideia é reunir todos os funcionários da entidade na sede e nas regiões para examinar uma resposta doença. Pediatra especializado em microcefalia e membro da OMS, Anthony Costello afirmou que a nova unidade pretende aprender com os erros cometidos na crise do ebola e agir com mais rapidez.
Segundo ele, enfrentar o vírus zika de maneira rápida é fundamental, pois não existe razão alguma para acreditar que a epidemia ficará restrita aos países onde os casos já foram registrados.
A preocupação é que vírus se propague também para outras zonas do mundo, o que tornaria o controle ainda mais difícil. Grande parte dos mosquitos portadores do zika estão presentes na África, em áreas do sul da Europa e da Ásia. Ou seja, a chance de novos casos é alta.
De acordo com a OMS, 23 países já registram casos do vírus zika. Com mais de 1,5 milhão de contágios desde abril do ano passado, o Brasil é o mais afetado pelo, seguido pela Colômbia, que no último sábado relatou mais de 20 mil casos, 2 mil deles em mulheres grávidas.
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