Quando o desafio é desenvolver hábitos saudáveis nas crianças, quanto mais cedo começarem as mudanças no cardápio, melhor a adaptação. Mas se o seu filho tem resistência em consumir um lanche escolar natural e prefere as guloseimas da cantina, o caminho pode ser a criatividade nos pratos, que deixa a comida nutritiva mais interessante.
“Uma estratégia é mostrar para a criança que o preparo do lanche não é ruim e tampouco chato, mas que pode ser muito divertido e prazeroso quando realizado com criatividade e dedicação”, explica o nutricionista Breno Lozi.
Levar o seu filho à cozinha e mostrar como a refeição é feita, portanto, pode fazer toda a diferença. Que tal aderir à ideia? Confira as dicas que separamos para ajudar você nessa missão.
O que não pode faltar no lanche escolar
Antes de começar a montar a merenda, o primeiro passo é ficar por dentro do que simplesmente não pode faltar em um lanche balanceado. “É preciso que ele contenha alimentos construtores (leites e derivados desnatados), reguladores (frutas e sucos naturais) e energéticos (pães, biscoitos e cookies integrais)”, ressalta Lozi.
O nutricionista enfatiza que o Ministério da Saúde recomenda o consumo diário de, no mínimo, três porções de frutas, legumes e verduras na dieta habitual dos pequenos, destacando a importância de diversificar a ingestão desses alimentos no decorrer dos dias. Afinal, eles são fontes de substâncias importantes para o organismo.
As frutas, os legumes e as verduras fornecem diferentes tipos de vitaminas. Carotenoides, ácido fólico (vitamina B9) e ácido ascórbico (vitamina C) são algumas delas. Mas isso não é tudo. Esses grupos também são ricos em potássio, possuem quantidades adequadas de magnésio, cálcio e ferro, que contribuem para o crescimento saudável.
Em relação às possíveis combinações para o lanche escolar, Lozi deixa algumas dicas básicas, que podem ser adaptadas de acordo com o perfil do seu filho e as possibilidades disponíveis em casa.
Sanduíches naturais: duas fatias de pão integral com creme de ricota ou requeijão, acrescentando alface, tomate, cenoura ralada e queijo branco. É interessante, para quebrar a rotina, fazer formatos e sabores diferentes.
Sucos naturais ou água de coco: vale também apostar no iogurte natural desnatado com granola.
Frutas: ameixa, banana-prata, caqui, laranja, mamão, maçã, manga, melão, melancia ou uva. Priorizando sempre a preferência alimentar da criança.
Já em relação aos alimentos que não devem estar presentes na lancheira, o nutricionista é categórico. “Guloseimas em geral, como bolachas recheadas, batata frita, salgadinhos, pipocas, refrigerantes e doces ricos em sódio, conservantes, açúcares, carboidratos refinados e com alto teor de gorduras saturadas”, sintetiza.
Vale lembrar que o consumo desses produtos está relacionado com o aumento de gordura corporal nos pequenos, o que pode evoluir para o quadro de obesidade infantil, que pode ter consequências sérias.
Aprenda a montar um lanche nutritivo e lúdico
Diante de embalagens cada vez mais criativas nos produtos industrializados, como tornar o lanche escolar nutritivo feito em casa mais atraente? Para o nutricionista, o principal segredo está na criatividade e na capacidade de colorir a refeição.
O apelo lúdico também torna tudo mais bacana para os pequenos. Pode ser uma simples carinha no sanduíche, fazendo um nariz com um pedaço de cenoura, azeitonas nos olhos e um temperinho verde como cabelo. Quanto mais colorido, melhor.
O mais importante é deixar a imaginação rolar solta e convidar a criança para auxiliar no preparo das refeições, para que ela esteja, desde cedo, familiarizada com alimentos saudáveis.
E aí, como você costuma preparar o lanche escolar do seu filho? Conte para a gente! Também aproveite para aplicar as nossas dicas e deixar a alimentação muito mais divertida.