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Namoro na terceira idade: relação baseada em companheirismo

Por Redação Fortíssima 23/05/2016

O namoro na terceira idade é uma realidade cada vez mais comum. Especialmente com o aumento na expectativa de vida da população brasileira, a tendência é que os idosos busquem recomeçar uma vida a dois e construir um futuro ao lado de seu novo companheiro.

Nessa fase da vida, o relacionamento vai muito além do sexo e daquela paixão desenfreada. O companheirismo é a característica mais marcante desse tipo relação. Idealizações ficam para trás e as vivências ganham foco em dividir bons momentos.

Sexualidade reprimida: um obstáculo no caminho

Contudo, os idosos ainda sofrem inúmeras restrições quando exercem sua sexualidade e decidem assumir um relacionamento. Conforme aponta um artigo publicado pela Revista Brasileira de Envelhecimento Humano, a saúde sexual está diretamente ligada a um envelhecer saudável.

A telenovela Babilônia, por exemplo, gerou polêmica ao exibir o casal lésbico formado pelas atrizes Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg. Ao mesmo tempo, porém, a abordagem contribui para a desconstrução de tabus e preconceitos relacionados à sexualidade dos idosos.

Para a psicóloga clínica e organizacional Elaine Ribeiro, também colaborado do colaboradora da Fundação João Paulo II, o relacionamento amoroso nessa fase da vida pode trazer um novo significado para a vida e deve ser incentivado. Independente da condição sexual e idade, o amor é um sentimento que nos vincula ao outro e merece ser respeitado por todos.

Para quem ainda dúvida da veracidade do sentimento em uma namoro na terceira idade, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, dos Estados Unidos, comprovou que os idosos podem sentir tanto afeto e emoção quanto um casal de jovens no início de um romance.

Namoro na terceira idade

Namoro na terceira idade é cada vez mais comum. Foto: iStock, Getty Images

Como acontece o namoro na terceira idade

Em 2013, o IBGE divulgou dados que mostram que os idosos estão cada vez mais oficializando suas uniões. Em 2011, já eram mais de 9.046 pessoas casadas. E se engana quem pensa que os bailes são os únicos lugares em que pessoas da terceira idade buscam encontrar o seu parceiro.

Sites de namoro e aplicativos de relacionamentos estão entre as alternativas para aqueles mais tímidos. Um dos apps que investiu nesse público é o Stitch, que tem um sistema de aprovação e recusa semelhante ao Tinder.

Elaine ainda ressalta que, antes de iniciar um relacionamento, é necessário que o idoso esteja de bem consigo mesmo, o que facilita uma aproximação saudável com o outro. A psicóloga recomenda também que os familiares conversem sobre o assunto e que deem espaço. Isso estabelece uma relação de respeito e permissão.

E você, o que acha do namoro na terceira idade? Conhece alguma história interessante? Conte para a gente nos comentários.