Um estudo recente, realizado por pesquisadores da Universidade de Harvard e publicado no periódico científico British Medical Journal, concluiu: filhos de mães com hábitos saudáveis têm 75% menos chances de desenvolver obesidade infantil. Segundo a Dra. Aline Lamaita, membro do American College of Lifestyle Medicine, o resultado, apesar de esperado, é impressionante no aspecto preventivo.
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“A pesquisa analisou a associação entre um estilo de vida saudável materno geral (caracterizado por um índice de massa corporal saudável, dieta de alta qualidade, exercício regular, não fumar e ingestão leve a moderada de álcool ou, o ideal, sem ingestão de álcool) e o risco de desenvolver obesidade nos filhos”, reforça a especialista.
Participaram do estudo 17 mil mulheres e mais de 24 mil crianças durante o período de 5 anos. Ao todo, 5% dos pequenos desenvolveram obesidade durante o acompanhamento. “Embora fatores genéticos tenham um papel importante na obesidade, já se sabia que o rápido crescimento da epidemia de obesidade detectado nos últimos anos é provavelmente causado por mudanças no estilo de vida e na dieta. O novo estudo reforça essa hipótese e indica que a obesidade infantil pode ser combatida com estratégias focadas nos pais”, afirma a médica.
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Fatores de risco
A angiologista explica que a obesidade infantil está associada a um aumento do risco de múltiplos distúrbios metabólicos, incluindo diabetes e doenças cardiovasculares, além de má circulação do sangue, trombose e morte prematura na vida adulta. “A identificação de fatores de risco modificáveis para a prevenção da obesidade infantil tornou-se uma prioridade de saúde pública”, afirma.
Os fatores do estilo de vida que contribuem para a obesidade infantil incluem a falta de atividade física, o sedentarismo e a ingestão de uma dieta hipercalórica entre as crianças. “Outro dado importante do estudo é que, quando as mães e os filhos aderem a um estilo de vida saudável, o risco de desenvolver obesidade cai ainda mais”, afirma a médica.
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