Você já ouviu falar em “harmonização facial”? A técnica vem ganhando muitos adeptos entre famosos, como Gretchen e Alok, e consiste em uma série de procedimentos estéticos que visam alcançar a simetria e o rejuvenescimento do rosto.
Entre os mais comuns estão o uso de toxina botulínica em rugas, ácido hialurônico para preenchimento da boca e marcas de expressão, fios de elevação facial para corrigir flacidez, microagulhamento, redução da papada e bichectomia. Dentes e maxilar também estão entre os elementos que podem ser “harmonizados” com a técnica.
“De forma geral, o paciente apresenta alguma insatisfação com a aparência. É muito comum se referir à ‘cara de cansaço’, tristeza ou braveza. Isso pode ser traduzido por flacidez do terço médio ou inferior da face, queda dos supercílios ou hipercontração de músculos, como a glabela. Também há casos de queixas pontuais, como o bigode chinês, ou a sobra de pele nas pálpebras, causada pela queda da área da sobrancelha. A harmonização facial trata do rosto de forma global”, explica a Dra. Beatriz Lassance, cirurgiã plástica e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Segundo ela, não se trata de cirurgia plástica: “Esse é um procedimento minimamente invasivo, sem cortes ou fraturas”, explica. Mesmo assim, realizá-los de forma inadequada pode causar graves complicações. Os preenchimentos podem ir parar nos vasos sanguíneos, por exemplo, podendo causar necrose, cegueira ou até mesmo um AVC.
Somente dermatologistas, cirurgiões plásticos e, para harmonizações envolvendo os dentes e o maxilar, cirurgiões-dentistas podem realizar os procedimentos. Além disso, Beatriz ressalta a importância de se realizar um diagnóstico preciso para entender a causa exata da queixa do paciente e suas condições de saúde antes de iniciar qualquer aplicação.
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Quem pode e quem não pode fazer harmonização facial
Embora não se trate de uma cirurgia, nem todo mundo pode fazer harmonização facial. A técnica é contraindicada para pacientes grávidas ou em uso de medicação imunossupressora ou anticoagulante, por exemplo. Quem já fez uso de PMMA (Metacril), um preenchedor permanente, também é desaconselhado: pode haver reações entre as substâncias utilizadas e posteriores complicações, mesmo após longo prazo.
Quanto à idade, embora não haja uma regra, a cirurgiã recomenda ter bom senso: “Geralmente os pacientes me procuram após os 30 anos, mas tenho recebido alguns na faixa dos 20 para melhora de lábio e preenchimento de queixo”.
Se você ficou interessado em saber mais sobre o procedimento, procure um profissional de confiança reconhecido por entidades oficiais, como a Sociedade Brasileira de Dermatologia ou a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
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