Saúde

Vasculite: entenda a inflamação nos vasos sanguíneos

Por Redação Doutíssima 10/12/2014

Apesar de raramente identificados de forma isolada, as variações da vasculite, em geral, são lembradas quando se trata do diagnóstico de doenças sistêmicas.

 

Elas atingem todas as faixas etárias e podem se apresentar com muitas formas e proporções, pois englobam todas as lesões ocorridas em vasos sanguíneos, desde os microscópicos aos maiores – a exemplo da artéria aorta.

vasculite

Diagnóstico precoce evita complicações da doença como a morte. Foto: iStock, Getty Images

Quando mal diagnosticado ou detectado tardiamente, qualquer tipo de vasculite pode gerar graves danos ao doente, nas mais diversas áreas do corpo, e até risco de óbito, quando algum setor vital é afetado.

 

Isso porque a inflamação de uma veia conduz ao espessamento de sua parede, reduzindo o espaço para a circulação do sangue e, a longo prazo, impedindo seu fluxo. Este efeito pode acarretar isquemia e até a necrose (morte) definitiva dos tecidos.

 

O que é vasculite

 

A vasculite, também chamada angiite, refere-se a qualquer situação na qual as paredes dos vasos sanguíneos são ocupadas por células do sistema imunológico. Em outras palavras, é uma doença autoimune, desenvolvida pelo próprio setor de defesa do corpo, por causas ainda desconhecidas.

 

Seus danos variam conforme o tamanho e importância do(s) vaso(s) afetado(s), mas via de regra acontece a estenose (estreitamento), a oclusão (fechamento) e a formação de aneurismas e/ou hemorragias na região atingida, com possível destruição dos tecidos. Quando a vasculite atinge mais de uma área simultaneamente é chamada de sistêmica.

 

A vasculite diz respeito ao conjunto das ocorrências inflamatórias nos vasos sanguíneos. Porém, mais especificamente, ela é classificada em dois grandes grupos, que por sua vez se subdividem em outros menores, gerando diversas nomenclaturas.

 

Assim, as vasculites se dividem em primárias (em função do tamanho) e secundárias (em virtude da ligação com outras doenças).

 

Mais raras, as vasculites primárias podem atuar nas artérias (maiores), que carregam o sangue do coração para os vários órgãos e tecidos; nas veias (médias), que conduzem o sangue destes órgãos para o coração; ou capilares (menores), responsáveis pelas trocas de oxigênio e outros materiais do sangue para os tecidos.

 

Alguns exemplos de doenças catalogadas neste grupo são: arterite de Takayasu; poliarterite nodosa (PAN); doença de Kawasaki; poliangiite microscópica (PAM) e granulomatose de Wegener.

 

As vasculites secundárias, por sua vez, são organizadas em função da conexão com doenças autoimunes, infecções, neoplasias ou uso continuado de drogas.

 

Alguns exemplos delas são: a doença de Buerger, relacionada ao tabagismo; crioglobulinemia, cujo tipo 1 tem relação com linfomas e o tipo 2 está associado à hepatite C; e vasculite de hipersensibilidade, causada por reação ao uso prolongado de fármacos.

 

Sintomas da vasculite

 

Os sintomas são variáveis e dependem das características específicas de cada tipo. No entanto, alguns aspectos são comumente identificados nos pacientes e genéricos a todas as categorias. Os principais são: febre sem causa aparente, cansaço, dores articulares, mal estar constante, emagrecimento súbito, dor abdominal e perda do apetite.

 

Tratamento

 

O tratamento também depende bastante do tipo de vasculite e exige ações variadas conforme o caso. O objetivo é sempre eliminar a causa primária, porém nem sempre identificável. Na maioria das ocorrências são indicados esteroides, imunossupressores e corticoides.

 

 

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