Cirurgia Plástica

Silicone na panturrilha: saiba quais são os prós e contras

Por Redação Doutíssima 04/09/2015

A busca pelo corpo dos sonhos passa por diversas técnicas. Há quem prefira a velha e tradicional dieta associada a exercícios físicos. Outras pessoas querem resultados mais rápidos e partem para cirurgias, como implantes de próteses. Um exemplo disso é o silicone na panturrilha. Entenda quando isso é necessário e o que implica essa decisão.

 

Por que colocar silicone na panturrilha?

De acordo com o cirurgião plástico Marco Cassol, quem opta por colocar silicone na panturrilha normalmente são pacientes que já tentaram o fortalecimento dos músculos, a hipertrofia, e não tiveram resultados.

silicone na panturrilha

Prótese de silicone é opção para quem que não consegue fortalecer a musculatura da panturrilha. Foto: iStock

Outras pessoas, de acordo com o também cirurgião Fernando Serra, decidem por esse procedimento por acharem que a panturrilha é muito fina em relação à coxa. “Há ainda aqueles pacientes que têm assimetria entre as panturrilhas, como sequelas de poliomielite ou acidentes, e desejam apenas obter a simetrização”, completa Serra.

A implantação de silicone na panturrilha acontece por meio de uma incisão (corte) de três centímetros na pele atrás do joelho. Depois de descolar a pele e a gordura, realiza-se outra incisão de três centímetros na fáscia (capa) do músculo.

“A prótese de panturrilha fica alojada em cima do músculo e embaixo da fáscia do músculo”, diz Cassol. De acordo com Serra, são utilizados implantes de panturrilhas em gel de silicone de alta coletividade ou elastômero de silicone.

Cassol faz um ressalva ao afirmar que nem todos podem se submeter ao implante do silicone na panturrilha. Pessoas que tenham varizes importantes nas pernas, por exemplo, precisam primeiro tratá-las. “As varizes ocorrem pela dificuldade de retorno do sangue nas pernas. E a prótese de panturrilha, por comprimir a perna, pode dificultar o retorno do sangue”, diz Cassol.

Como em qualquer procedimento cirúrgico, esse também oferece riscos. Esses são infecção, hematomas e deiscência (abrir os pontos). “As desvantagens são aquelas de possuir implantes, que deverão ter uma manutenção através de exame clínico anual pelo cirurgião plástico”, afirma Serra.

Revolução no implante de silicone na panturrilha

Segundo Cassol, a grande novidade é a fasciotomia interna, ou seja, sem cicatriz na pele.  São feitos dois cortes na capa do músculo ao longo da perna, dois centímetros laterais à prótese.

“É uma técnica muito segura que, além de diminuir o inchaço dos pés (pela dificuldade de retorno do sangue), diminui o desconforto no pós-operatório e o  aumento da projeção da prótese”, salienta Cassol.

Ele salienta que a fasciotomia interna é uma revolução na cirurgia de prótese de panturrilha. Antes dessa técnica, muitos pacientes sentiam fortes dores no pós-operatório e alguns precisavam até retirar as próteses por não aguentar o desconforto.

“Com a fasciotomia interna, conseguimos uma recuperação pós-operatória muito tranquila e, de brinde, uma melhor projeção da prótese”, acrescenta Cassol.

O pós-operatório de quem faz implante de silicone na panturrilha não é muito complexo, mas requer cuidados. Cassol recomenda o uso de meia elástica na primeira semana e repouso relativo, nada de exageros ou grandes caminhadas.

Serra orienta a avaliação das pernas através de eco doppler venoso, pré-operatório completo, incluindo avaliação da paciente por cardiologista. “Durante as primeiras duas semanas, recomenda-se a utilização de calçados com salto levemente alto, pois encurta a musculatura e confere mais conforto neste período”, completa Serra.

 

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