É muito interessante observar como no início do sistema capitalista (e ainda hoje) os trabalhadores não tinham nenhum valor, pois o objetivo era produzir produzir e produzir, sem maiores preocupações com a saúde, qualidade de vida e direitos do trabalhador. O objetivo é incentivar a potência máxima de produção humana, buscando acumular mais e mais riquezas. Nos primórdios do sistema de produção capitalista, o trabalhador não podia nem se quer pensar em parar de produzir, em até mesmo “respirar” pois apenas um curto período de distração era o suficiente para atrasar e atrapalhar uma série inteira de produção e motivo para grandes “broncas”.
Pensando a respeito
Refletindo sobre isso, pensamos sobre como somos envolvidos por esse sistema que nos faz trabalhar, produzir mais e mais, acumular bens e riquezas. Muitas das vezes priorizamos esse ato de trabalhar e produzir e descuidamos da saúde, da família, dos estudos, e outros. Como o capitalismo produz em nós essa postura de nos potencializar ao máximo em prol das forças de produção, do trabalho. Como que o trabalho dentro desse sistema faz com que nos relacionamos com o mundo de forma individual e sempre visando determinada remuneração.
Assim, com a chegada do capitalismo ocorreu uma radical transformação tanto dos indivíduos quanto das condições de trabalho. Os indivíduos agora são livres e não mais subjugados ao conjunto societário.
Modernidade, individualidade e acúmulo de riquezas
A época moderna, ao romper com os liames das formações anteriores, resulta no aparecimento de uma individualidade completamente diversa daquela existente nas formações pré-modernas. Tudo isso acontece em decorrência da mudança na atividade produtiva que ao se ampliar, rompe as fronteiras impostas pela forma comunal de existência.
O que se dá nesse momento é um alto desenvolvimento das forças produtivas, e o incentivo a potência ativa do homem, que aparece como motor desse novo sistema. Antes, a produção humana era para subsistência, e o homem se encontrava subjugado a comunidade e sua existência não tinha sentido nenhum sem a mesma.
Agora, uma individualidade aparece, e a comunidade não se faz tão importante como antes, o homem nesse momento se relaciona com o mundo de forma bastante diferente de antes não mais buscando somente sua subsistência, mas produzindo mais e mais visando o acumulo de riquezas.
