Filhos

9 Conselhos para estimular seu bebê a falar

Por Redação Doutíssima 07/12/2013

As primeiras palavras do bebê são tão esperadas pelos pais que qualquer balbucio é transformado como um sinal de que a criança já começou a falar. Um simples « nha nha », na cabeça dos pais, pode se tornar um « mama », e a expectativa por mais palavras só tende a aumentar !

 

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A fonoaudióloga Debora Befi-Lopes, coordenadora do Departamento de Linguagem da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia afirma : “Normalmente, a partir dos seis meses, o bebê já expressa as primeiras sílabas, como bababa ou papapa. Com 12 meses, já há chances de ouvir mamãe ou papai“. Nem todas as crianças iniciam o processo da fala ao mesmo tempo : algumas tardam um pouco mais, o que é normal. Fiquem tranquilos, papais e mamães ! A fonoaudióloga explica : “Só é preocupante quando a criança passa dos 24 meses sem produzir palavras e a ajuda de um fonoaudiólogo passa a ser necessária”. Para que esse desenvolvimento da fala ocorra como previsto, descubra quais são os cuidados com o bebê indicados por especialistas :

Fale de forma natural: Não infantilize a voz quando falar com o bebê (como por exemplo, colocar tudo no diminutivo e em um tom de voz mais fino). É necessário que ele se sinta introduzido nas conversas com os pais da maneira mais natural possível. “Fale de forma simples, com boa entonação, destacando os nomes de objetos e pessoas”, diz Debora Befi-Lopes.

Olhe para o bebê e mostre a sua boca: O contato visual é essencial pois estimula a afetividade e incentiva o bebê se espelhar em você. A fonoaudióloga Debora também explica que, quando o bebê enxerga o movimento da boca, compreende a maneira como o som é produzido e consegue imita-lo mais facilmente.

Pondere a euforia: Não tem problema em incentivar o bebê mostrando que você está feliz quando ele  balbuciar suas primeiras palavrinhas, mas seja cauteloso. “Muita euforia por causa da nossa ansiedade como pais pode assustar a criança e atrapalhar o seu desenvolvimento”, assegura a fonoaudióloga Ana Paula Bautzer, da Clínica de Especialidades Integrada. Tente deixá-lo confortável, evite gritos de euforia e não chame a família inteira com o menor sinal de balbucio.

O irmão mais velho pode ajudar: “O bebê consegue diferenciar uma criança de um adulto e pode aprender e imitar mais rápido com ela”, confirma Ana Paula Bautzer. Pedir para o irmão brincar com o bebê é uma ótima ideia, pois o mais velho se sentira importante em vez de excluído. Se o bebê for o primeiro filho, o contato com outras crianças é recomendado.

Não acomode a criança: Se você mimar excessivamente o bebê, você corre o risco de prejudicar seu comportamento e desenvolvimento. Para que que haja uma melhora em sua comunicação, não deixe tudo o que ele quer e precisa na frente dele : ele precisar chorar, apontar com o dedo, tentar balbuciar ou fazer qualquer outro sinal. “O mimo em excesso pode impedir que a criança explore o seu mundo e fazer com que ela perca a curiosidade para aprender”, explica a fonoaudióloga Ana Paula.

Brincar nunca é demais: Brincar também é ensinar. De acordo com Ana Paula Bautzer, pais que se realizam atividades lúdicas com os filhos estimulam o aprendizado dos mesmos e ainda passam a observar e compreender como é o próprio filho, como ele se comporta. O bebê afetado por um ambiente estressante e tenso pode ter mais dificuldades para obter um desenvolvimento saudável.

Desligue o rádio, a televisão e o computador : A fala dos pais acaba competindo com o barulho destes aparelhos e pode atrapalhar a compreensão e concentração do bebê. “Não que esses meios de comunicação sejam prejudiciais, mas não podem ser o principal elemento de estimulação, porque não são meios naturais de desenvolvimento da fala e linguagem”, afirma a fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas.

Aproveite situações do dia-a-dia: “Quanto mais a criança for exposta à linguagem, melhor será para seu desenvolvimento”, afirma a fonoaudióloga Marcella. Aproveite para contar histórias, cantar músicas e narrar tudo o que você está fazendo com ele quando ele estiver tomando banho, indo dormir ou fazendo qualquer outra atividade. Você pode até ter a impressão de que o bebê não está entendendo nada, mas pode ter certeza de que o cérebro dele já está memorizando palavra por palavras. “Por volta de um ano de idade, uma criança pode produzir ao redor de 10 palavras e compreender mais de 20”, afirma Debora Befi-Lopes.