Qualidade de vida

Dia da Tolerância: saiba como trabalhar pelo diálogo

Por Redação Doutíssima 16/11/2015

Em 16 de novembro é comemorado o Dia Internacional da Tolerância e essa é uma excelente oportunidade para reflexão. Em uma sociedade cada vez mais heterogênea, respeitar diferenças é fundamental para um bom convívio. As estatísticas mostram que o Brasil ainda tem muito a aprender nessa questão – mas nunca é tarde para começar.

 

Alguns dados dão uma boa dimensão do problema. Segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, de 2011 a 2014 o telefone que serve para denúncias de violações dos direitos humanos – Disque 100 – recebeu 504 relatos de intolerância religiosa.

 

Além disso, em 2013 houve 312 mortes de LGTBs no Brasil motivadas por homofobia e transfobia, segundo o Grupo Gay Bahia (GGB) – associação de defesa de direitos homossexuais do País.

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Respeitar diferenças é fundamental para garantir um bom convívio. Foto: iStock, Getty Images

 

Dia Internacional da Tolerância

Essa data é comemorada desde 1997, mas suas origens remontam a anos anteriores e são a consequência de uma série de ações tomadas a partir de 1993 no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) – essa última uma agência da primeira.

 

Em 1993, a Conferência Geral da Unesco tomou a iniciativa de eleger 1995 como o Ano das Nações Unidas para a Tolerância. Essa designação foi aprovada no mesmo ano pela Assembleia-Geral da ONU. A consequência foi que em 16 de novembro de 1995 foi aprovada pelos Estados-Membros da Unesco a Declaração de Princípios sobre a Tolerância e um correspondente plano de ação.

 

Dentre as medidas sugeridas estavam a designação de 16 de novembro como o Dia Internacional da Tolerância. Essa data comemorativa foi ratificada pela Assembleia-Geral da ONU em 12 de dezembro de 1996, e assim passou a ser oficialmente celebrada a partir do ano seguinte.

 

Nessa ocasião são desenvolvidas diversas ações para combater os mais diversos tipos de intolerância – cultura, econômica, religiosa, sexual e racial, por exemplo. Atualmente essa iniciativa é ainda mais significativa do que na época em que foi criada, principalmente em tempos de opiniões amplamente difundidas através de redes sociais.

 

Como ser mais tolerante?

Para praticar a tolerância antes é preciso saber o que ela significa. De acordo com a Declaração de Princípios sobre a Tolerância da ONU ela é o respeito, a aceitação e o apreço pela diversidade em todos seus âmbitos.

 

Não deve ser tida como uma concessão, mas sim como um reconhecimento dos direitos humanos universais e das liberdades fundamentais de cada pessoa. Além disso, ninguém precisa abrir mão de opiniões ou convicções para praticá-la – todos são livres para ter suas opiniões, mas devem aceitar que o próximo também tem essa liberdade.

 

Que tal rever alguns (pré) conceitos e tentar ser um pouco mais tolerante? Trabalhando algumas características e tomando algumas atitudes, é possível chegar lá. Confira:

 

– Respeito

 

É um princípio indispensável para quem deseja ser tolerante. Aliás, se você quer ter suas ideias e convicções respeitadas pelo próximo, também precisa respeitar as dele.

 

–  Tranquilidade

 

Intolerância é um gatilho não apenas para conflitos individuais, mas até mesmo para guerras. Para responder a ela, adotar um comportamento pacífico é a melhor solução. Quem é tolerante não entra desnecessariamente em brigas.

 

– Coragem

 

Assumir uma posição mais tolerante exige coragem – tanto para defender a diversidade quanto para ficar longe de atitudes equivocadas.

 

– Evitar a irresponsabilidade

 

Por trás da liberdade de expressão é comum ver discursos irresponsáveis e intolerantes em redes sociais. Quem é tolerante não dá repercussão a esses discursos, adotando uma postura séria e evitando esse tipo de texto ou mensagem.

 

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