Embora o número de casos de dengue e zika tenha deixado a população em alerta nos últimos meses, não é só o mosquito Aedes aegypti que preocupa: segundo o Ministério da Saúde, o vírus influenza H1N1 já provocou 46 mortes neste ano, 30 só no estado de São Paulo. Diante desse cenário, é importante saber como evitar a gripe suína.
Causada por um vírus que afeta humanos e porcos, a doença já circula em 11 unidades federativas no país, além do Distrito Federal. No total, são 305 casos, sendo que as principais ocorrências se concentram nas regiões Sudeste, Sul e Norte.
Como evitar a gripe suína?
O número de óbitos causados pela gripe suína nos primeiros meses de 2016 já é superior a todo o ano de 2015, no qual foram registrados 141 casos de H1N1 e 36 mortes em decorrência da doença. A comunidade médica suspeita que o quadro possa ter ligação com o fenômeno climático El Niño.
A hipótese é de que ele influencia o movimento das aves, além de trazer mais chuvas e calor, o que torna o ambiente propício para a disseminação do vírus. Independente das causas relacionadas ao surto, porém, é importante saber como evitar a gripe suína. Alguns cuidados no dia a dia são essenciais.
A gripe suína é transmitida da mesma forma que qualquer outra gripe comum: através do contato com objetos contaminados, como talheres e copos ou por meio de saliva e secreções respiratórias de pessoas doentes já infectadas. Por isso, os cuidados de higiene são fundamentais na prevenção. O famoso álcool gel é um bom aliado para limpar as mãos.
Além de fazer a vacina durante a campanha, é importante sempre cobrir as mãos e o nariz com um lenço ao espirrar, evitar passar a mão nos olhos, na boca ou no nariz ao longo do dia e manter os ambientes sempre ventilados e limpos.
Outra recomendação do Ministério da Saúde é evitar o compartilhamento de utensílios pessoais, como alimentos e toalhas. São medidas que ajudam a evitar a contração e a transmissão da doença.
Mas como distinguir um resfriado comum da gripe suína? A médica Talita Poli Biaso explica que a principal diferença está nos tipos de vírus que causam as enfermidades. No caso de um resfriado, as manifestações dos sintomas são mais leves, a febre é baixa e há pouca coriza.
Já no caso da influenza, a médica lembra os sintomas são muito mais intensos e derrubam o paciente já na fase inicial da doença: febre alta, dores de cabeça e pelo corpo são naturais da infecção. Por isso, procurar ajuda médica é fundamental para detectar o problema e saber qual o tratamento mais adequado, evitando qualquer complicação.
Campanhas de vacinação antecipadas
Diante do alto número de casos de H1N1 registrados em São Paulo, a campanha de vacinação foi antecipada. As vacinas começam a ser feitas nesta segunda-feira, dia 4 de abril, obedecendo a ordem de grupos prioritários: os primeiros a receberem a dose são os profissionais da saúde.
Na sequência, a partir do dia 11 de abril, gestantes, crianças de seis meses a cinco anos e idosos serão vacinados. A partir do dia 18, mulheres que acabaram de ter bebês, pessoas com doenças crônicas e demais grupos terão acesso à vacina. A expectativa da Secretaria Estadual da Saúde é vacinar 3,5 milhões de pessoas em toda a Grande São Paulo.
No estado de Santa Catarina, que também registra vários casos de infecção, a Secretaria de Estado da Saúde decidiu antecipar para o dia 25 de abril o início da campanha de vacinação – seguindo a mesma ordem de grupos prioritários. No restante do país, as vacinas começam a ser distribuídas no dia 30 de abril.
Em seu site oficial, o Ministério da Saúde informou que rede pública tem estoque suficiente em todo o Brasil do medicamento Oseltamivir – mais conhecido como Tamiflu – para o tratamento da gripe. Se administrado nas 48 horas iniciais dos sintomas, ele auxilia na cura da doença.
E aí, aprendeu como evitar a gripe suína? Vale ficar atento. Ainda com dúvidas sobre o assunto? Acesse o Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!