Também chamado de coletor, o copinho menstrual tem revolucionado a vida das mulheres, influenciando na higiene íntima e até mesmo na vida sexual. De uso interno e reutilizável, ele é uma alternativa inteligente, prática, higiênica e sustentável em relação aos absorventes comuns.
Porém, se por um lado o método traz uma solução mais prática e ecológica para o tabu da menstruação, por outro, também pode oferecer sérios riscos à saúde quando não for manuseado corretamente e com alguns cuidados.
Como funciona o copinho menstrual
Com formato semelhante a uma taça e com tamanho de pouco mais de quatro centímetros, o objeto feito de silicone cirúrgico flexível é colocado dentro da vagina para coletar o fluxo sanguíneo da menstruação, permitindo que a mulher descarte o sangue e reutilize o copinho menstrual outras vezes.
Com isso, é uma opção mais ecológica para o meio ambiente, pois pode durar anos e substituir o absorvente, que é considerado um dos maiores vilões da natureza, já que leva centenas de anos para se decompor. Também é uma alternativa mais higiênica para a mulher, já que diminui a incidência de reações alérgicas e infecções.
Porém, o reuso do objeto deve ser tratado com muita atenção. A ato de colocar e retirar o coletor menstrual do corpo várias vezes exige cuidados redobrados com a higiene, pois é uma região com muitas bactérias. Se não for feita a limpeza adequada, pode acabar se tornando um fator de contaminação.
O copinho menstrual pode ser comprado em farmácias ou pela internet, nas lojas oficiais das marcas que fabricam os coletores. O valor do produto fica entre R$ 60 e R$ 90, variando de acordo com o tipo e a marca.
Entre as vantagens está ainda a possível melhora na vida sexual. É o que diz uma pesquisa feita pela Intimina, uma fabricante de produtos de higiene feminina, com 1.500 mulheres.
Uma em cada quatro participantes disse que sua vida sexual havia melhorado após o começo do uso do coletor. Isso devido à diminuição da secura vaginal (mudança relatada por 66% delas) e o ganho de força da musculatura do assoalho pélvico.
Quanto as contraindicações, o copinho menstrual não é recomendado para mulheres no período pós-parto, virgens ou com deformidade anatômica do sistema reprodutor, no septo vaginal, por exemplo.
Cuidados na hora de usar e limpar o copinho
Para usar o coletor, ele precisa ser dobrado em forma de “C” e inserido no canal vaginal com sua borda voltada para cima. Quando entra, o copinho se abre e se fixa através do vácuo e dos músculos vaginais.
Na hora de retirar, basta puxá-lo delicadamente, segurando primeiro na haste e, em seguida, na base do coletor. A boca deve ser mantida virada para cima, para evitar respingos. Após, é só derramar o conteúdo no vaso sanitário.
O coletor pode permanecer no canal vaginal por até 12 horas e possui capacidade de 30 ml, sendo recomendado que a mulher esvazie o copo de acordo com a intensidade do seu fluxo menstrual.
É de extrema importância manter as mãos sempre limpas ao manusear o objeto, além de lavá-lo muito bem antes de reutilizar, usando um sabão neutro e colocando-o em água fervente. Pode ser utilizado ainda um antisséptico para garantir uma limpeza mais profunda e a eliminação total de qualquer germe.
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