Não tem para outra: Stranger Things é a série do momento! Quem já está viciado no seriado sobrenatural do Netflix, ambientado na década de 80, certamente se encantou pelo ator mirim Gaten Matarazzo, que interpreta o carismático personagem Dustin. O ator, portador de displasia cleidocraniana, é um dos destaques da série e se tornou um porta-voz desta síndrome.
Em recente entrevista à revista People, o ator de 14 anos falou sobre a doença: “Na maioria das vezes você pega dos seus pais, e aconteceu comigo. Tenho um caso mais leve, então não me afeta tanto, mas pode ser uma condição bem difícil de se ter, explicou.
O que é displasia cleidocraniana
Esta é uma doença rara, sendo presente em uma a cada 1 milhão de pessoas, e tem origem genética, provocando um retardo no desenvolvimento dos ossos do crânio e da região dos ombros. Algumas características físicas são típicas entre os portadores da síndrome de displasia cleidocraniana, como:
• Atraso no encerramento das moleiras no bebê;
• Queixo e testa salientes;
• Nariz largo;
• Clavículas curtas ou inexistentes;
• Ombros estreitos e flexíveis;
• Retardo no crescimento dos dentes;
• Baixa estatura.
Devido ao sucesso da série, Gaten tem sido responsável por disseminar informações sobre essa doença tão rara e tem sido visto como uma inspiração para outras pessoas que também são portadoras da síndrome. “O retorno está muito bom. Muitas pessoas estão me mandando mensagens dizendo ‘você fez eu me sentir melhor em relação a mim mesmo, já que você pode mostrar que tem a doença na TV e abraçar a causa’. Eu sinto que estou aumentando a conscientização sobre isso, o que faz eu me sentir bem”, comentou na entrevista.
A doença obrigou o intérprete de Dustin a passar por algumas cirurgias dentárias e teve a formação da clavícula afetada. Esse problema faz com que ele possa encostar um ombro no outro, algo que já mostrou na série e virou uma grande atração: “As pessoas dizem ‘bem, você pode fazer essas coisas legais com seus ombros’. Essa parte até que é legal”, diverte-se.
Diagnóstico da displasia cleidocraniana
O diagnóstico é feito ainda na infância pelo pediatra da criança, ao observar se o paciente possui as características físicas da doença. Exames como o Raio X podem revelar as alterações dos ossos no crânio ou tórax.
Essa não é uma doença que impede o desenvolvimento ou a qualidade de vida da criança e, por essa razão, não é necessário um tratamento intenso para ela. O que pode acontecer, assim como no caso de Gaten, é a realização de cirurgias na região da boca para ajudar no desenvolvimento natural dela. O portador da síndrome também deve ter acompanhamento constante do pediatra e do ortopedista para detectar e tratar de forma rápida caso surjam outras complicações da doença.
Como pode ser visto em “Stranger Things“, a doença de forma alguma altera no talento do ator e, quem assiste à série, certamente se rendeu ao carisma dele!
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