Sexualidade

Alemanha é o primeiro país europeu a reconhecer o “terceiro gênero”

Por Redação Doutíssima 02/10/2013

À partir de 1 de novembro de 2013, a Alemanha se tornou o primeiro país europeu a permitir que os pais registrem “sexo indeterminado” nas certidões de nascimento de seus filhos. Esta novidade se refere às crianças nascidas no país cujas características físicas não são claras o suficiente para estabelecer um gênero particular. O mesmo país já reconhece transexuais legalmente, ou seja, indivíduos já pertencentes a uma espécie biológica identificada, mas com o sentimento de pertencer ao sexo oposto. A nova lei é um passo para os hermafroditas, que até então eram obrigados a serem identificados como homem ou mulher. Em novembro, cada indivíduo cujo gênero é desconhecido será capaz, ao longo de sua vida, de mudar a sua identidade sexual na certidão de nascimento, podendo decidir se tornar homem ou mulher.

 

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Esta decisão foi tomada em Berlim depois de uma recomendação feita pelo Tribunal Constitucional. Segundo o tribunal, o reconhecimento de gênero “sentido e vivido” deve ser um direito pessoal e humano, sendo dessa forma necessário a espera para que essas crianças descubram seu sexo ao longo da vida.

Na Europa, a preocupação com a ambiguidade sexual de um recém-nascido ocorre a cada 5000 gravidez por ano. Esta incerteza e a falta de leis que ajudem a lidar com a situação produzem mais andrógenos do que deveriam. Consequentemente, os embriões do sexo feminino são virilizados e vice-versa.

Para aceder a uma sexualidade específica e não mais ambígua, geralmente é necessário se submeter a várias intervenções cirúrgicas. Como essas operações são realizada logo após o nascimento do bebê, as associações dos direitos humanos das pessoas dos hermafroditas às reprovam e lutam contra elas. Eles argumentam que essas intervenções deveriam ser realizadas em uma idade mais avançada, para que o paciente possa ser capaz de escolher a própria identidade sexual.

 

 

Fonte: Le Huffington Post.