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7 dicas para o seu bebê crescer saudável

Por Redação Doutíssima 11/02/2014

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Todos nós os conhecemos. Os pais atormentados, que reclamam quando seus filhos pedem cereais com açúcar no supermercado, resmungam quando elas berram por batatinhas fritas em vez de um almoço decente em um restaurante, chateiam-se quando elas rejeitam o sanduíche preparado com pão integral oferecido na casa de um amigo ou insistem em tomar refrigerante em vez de suco no jantar. Assim como todos os pais, eles gostariam que seus filhos consumissem alimentos mais nutritivos, mas, no fundo, estão convencidos de que vão perder essa batalha. Afinal, as crianças não nascem preferindo comer porcarias?

Surpreendentemente, não. O paladar de uma criança na verdade nasce intacto; os gostos desenvolvidos dependem dos alimentos introduzidos até nesses primeiros meses da alimentação. Como o seu filho vai acabar comendo – se ele se satisfaz comendo uma maçã ou um pacote de salgadinhos para o lanche, ou toma café da manhã feliz ao comer o tipo de cereal que vem com chocolate, isso tem influência primária dos alimentos que você coloca em seu pratinho agora.

Para que você não acabe se aborrecendo com os hábitos alimentares do seu filho depois, comece a alimentá-lo corretamente desde o princípio.

  1. Mantenha os alimentos processados fora do alcance do seu filho na maior parte do tempo. Preferir alimentos integrais é uma escolha que deve ser ensinada às crianças. Embora uma criança que tenha desmamado com grãos integrais não vá, necessariamente, crescer sem gostar de alimentos processados, ela terá mais chance de escolher o que é melhor se puder – ou, pelo menos, haverá menos probabilidade de rejeitar um alimento integral quando ele for servido. Selecione produtos integrais no supermercado, procure oferecer pães integrais e, quando possível, selecione-os em restaurantes.
  2. Não ofereça doces logo de cara. Quanto mais tempo você esperar para introduzir alimentos muito doces, mais oportunidade seu bebê terá para estabelecer gostos por comidas salgadas ou azedas. Não assuma que o bebê não vá comer queijo cottage ou iogurte natural a menos que tenha sido misturado com banana amassada, ou cereal a menos que ele tenha sido adoçado com purê de maçã ou com pêssegos escorridos; bebês cujo paladar não tenha sido “adoçado” não só aceitarão essas comidas puras como também aprenderão a adorá-las. Sirva frutas, mas somente como sobremesa – após ter oferecido algo que não seja doce, como verduras e legumes (que você deve servir sempre e desde cedo). Introduza gradualmente alimentos mais doces (de preferência adoçados com sucos de frutas em vez de açúcar), mas não comece a dar biscoitos ao invés de frutas frescas à tarde ou terminar cada refeição diária com biscoitos para o seu bebê. Sendo realista, há mais chance do seu bebê experimentar o lado doce da vida mais rápido se houver irmãos mais velhos na casa (irmãozinhos sempre querem um pouco do que os irmãos maiores ganham). Se este não for o caso, você pode guardar os doces até o primeiro aniversário ou até mais tarde.
  3. Sirva o leite puro. Quando o médico liberar o leite de vaca – normalmente com um ano de idade – ofereça o leite puro ao seu bebê. Leite com achocolatado tem muito cálcio, mas também muito açúcar. Considere também que sempre que você disfarça o sabor do leite (mesmo se for em uma vitamina nutritiva), está sabotando o gosto do seu bebê por leite puro. Reserve essas estratégias para os momentos rebeldes de ‘Leite, não!’ dos anos em que eles começam a engatinhar e de pré-escola.
  4. Guarde o sal. Bebês não precisam de sal em suas dietas além do que é encontrado na comida naturalmente. Não salgue comida que prepara para o bebê, e tenha cuidado especial em não servir lanches salgados, que podem dar ao seu filho um gosto prejudicial por comidas com muito sódio.
  5. Varie a dieta do seu bebê. Não é surpresa que tantas crianças pequenas não gostem de comidas que não conhecem. Na maioria dos casos, seus pais sempre serviram a comida habitual (o mesmo cereal todas as manhãs, as mesmas variedades de papinha no almoço e jantar, todos os dias), sem nunca oferecer uma mudança ou a chance de experimentar algo diferente. Ofereça alimentos novos ao seu filho (dentro do que o médico ou a idade do seu bebê permitir). Experimente tipos diferentes de cereais integrais, servidos quentes e frios, variedades de pães integrais (aveia e centeio, assim como trigo) em formas diferentes (pãezinhos, roscas, pães fatiados, bolachas e, mais tarde, pães árabes), macarrões de formatos diferentes, laticínios de vários tipos, vegetais e frutas, além de cenouras, ervilhas e bananas. A variedade agora não é garantia de que sua criança não passe por uma fase de comer apenas macarrão com queijo – a maioria das crianças passa, em um determinado momento. Mas uma familiaridade com uma gama mais ampla de alimentos resultará em uma base de dieta mais ampla e, posteriormente, em uma nutrição melhor.
  6. Abra exceções. Todos nós queremos o que é proibido. É uma característica da natureza humana. Se você proibir completamente o seu filho de comer doces, frituras, etc., ele só ficará mais atraído por eles. Então, quando ele tiver a idade para entender o conceito de ‘de vez em quando’, ofereça alguns mimos ocasionais. Contanto que não sejam parte da dieta diária da sua criança – e que não sejam servidos no lugar de comidas nutritivas – não vão causar problemas para a nutrição.
  7. Faça você mesmo. As crianças têm muito mais chance de fazer o que seus pais fazem do que de fazer o que seus pais mandam. Encha a casa com comidas saudáveis e tenha prazer legítimo em comê-las, e você pode esperar que seu filho siga seus passos saudáveis. Claro, enquanto faz isso, também sempre ajuda fazer alguns comentários de incentivo. Comece a ensinar seu filho desde cedo que açúcar não faz bem, mas fruta faz, e que pão integral é melhor para a saúde do que pão branco.