Banalização do diagnóstico da doença pode prejudicar a constatação e o aprimoramento do tratamento para acabar com a fibromialgia. Veja a opinião de um especialista e entenda melhor como funciona.
Muitos mitos têm sido criados em torno da Fibromialgia e é triste perceber que este termo vem sendo usado de maneira pejorativa, como sinônimo de “paciente poliqueixoso”. De fato, o paciente que apresente dores difusas pelo corpo, com maior ou menor intensidade, mas freqüentes e com alterações do sono, da libido e do humor, sem resposta satisfatória aos analgésicos comuns, sem qualquer alteração aos exames radiológicos e laboratoriais que justifiquem seu quadro, não vai aparecer no consultório com o mais belo dos sorrisos primaveris.
A Fibromialgia caracteriza-se por dores musculares difusas, sem causa aparente, às vezes debilitante, acompanhada por fadiga crônica e sono não reparador. Classicamente, o paciente deve apresentar dor à compressão padronizada em pelo menos 11 dos 18 pontos dolorosos descritos. Mas não se deve excluir o diagnóstico caso não seja comprovada a dor em menor quantidade de pontos. Recentemente, o quadro de dor e fadiga sistêmica recebeu maior atenção, sendo considerado com maior importância para o diagnóstico.
O mecanismo da doença está relacionado a uma hipersensibilidade do sistema nervoso à dor, por isso é chamada de síndrome de amplificação dolorosa. Pode ocorrer isoladamente ou em associação a outras patologias, em geral crônicas, como a artrite reumatóide, lombalgias crônicas ou tendinites crônicas. No passado, a doença era englobadas nas chamadas DORT/LER, neoplasias ou mesmo a osteoartrite.
O tratamento mais comum consiste em estratégias multiprofissionais para dessensibilização dos centros da dor, com uso de fármacos antidepressivos inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina em baixa dose, relaxantes musculares de ação central, moduladores dos portais da dor, acupuntura, atividades físicas, fisioterapia, alongamento e, em alguns casos, atenção psicológica, por meio da terapia cognitivo-comportamental.
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