Somente em 2013, cerca de 230.480 novos casos da doença foram diagnosticados entre as mulheres. Saiba como a fisioterapia pode ajudar no tratamento do câncer de mama
Todo câncer se caracteriza por um crescimento rápido e desordenado de células, que adquirem a capacidade de se multiplicar. Essas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores malignos (câncer), que podem espalhar-se para outras regiões do corpo. O câncer também é comumente chamado de neoplasia.
O câncer de mama, como o próprio nome diz, afeta as mamas, que são glândulas formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários. É o tumor maligno mais comum em mulheres e o que mais leva as brasileiras à morte, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Segundo a estimativa sobre Incidência de Câncer no Brasil, 2010-2011, produzida pelo Inca, o Brasil terá 500 mil novos casos de câncer por ano. Desses, 49.240 mil serão tumores de mama.
O câncer de mama é relativamente raro antes dos 35 anos, mas acima dessa idade sua incidência cresce rápida e progressivamente. É importante lembrar que nem todo tumor na mama é maligno e que ele pode ocorrer também em homens, mas em número muito menor. A maioria dos nódulos (ou caroços) detectados na mama é benigna, mas isso só pode ser confirmado por meio de exames médicos.
Quando diagnosticado e tratado ainda em fase inicial, isto é, quando o nódulo é menor que 1 centímetro, as chances de cura do câncer de mama chegam a até 95%. Tumores desse tamanho são pequenos demais para ser detectados por palpação, mas são visíveis na mamografia. Por isso é fundamental que toda mulher faça uma mamografia por ano a partir dos 40 anos de idade.
Principais sintomas
O principal sintoma na fase da descoberta do câncer de mama é o aparecimento de um “caroço”, mas também há presenca de outros sinais, como:
▪ Inchaço do seio;
▪ irritação da pele;
▪ dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro);
▪ vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama;
▪ saída de secreção (que não leite) pelo mamilo;
▪ caroço nas axilas.
Tratamento do câncer de mama
O tratamento inclui cirurgia, radioterapia e quimioterapia, e estes fazem muitos pacientes a sentir dor e rigidez nos músculos no peito, ombros e costas, assim como inchaço e dormência inicial perto de um local da incisão cirúrgica. Outros efeitos colaterais comuns do tratamento do câncer de mama incluem irritação do nervo (por causa da cirurgia e da radioterapia), inchaço, o que pode resultar em dormência, dor ou formigamento . A fadiga também é comum e pode facilmente sobrecarregar um paciente.
Uma equipe integrada, multidisciplinar de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e assistentes sociais podem ajudar a identificar necessidades de reabilitação de um paciente.
Por causa destes sintomas que já foi dito acima no pós-operatório, o fisioterapeuta tem um papel fundamental nesta hora, pois o fisioterapeuta vai trabalhar nessas limitações que o paciente estará apresentando, fazendo com que ele tenha um retorno para às atividades diárias mais rapidamente.
O objetivo da fisioterapia no tratamento do câncer de mama é restabelecer brevemente a função de braço, prevenir complicações respiratórias, diminuir a dor e prevenir a formação de linfedema, cicatrizes, fibroses e aderências.
No pós-operatório imediato é o período logo após o término da cirurgia, nesta fase o fisioterapeuta irá orientá-la a posicionar o braço na cama com o auxílio de travesseiros e já iniciam-se alguns exercícios leves para o braço e exercícios respiratórios.
Nessa fase os exercícios respiratórios são muito importantes, eles te ajudarão a recuperar a função pulmonar e prevenir complicações respiratórias. Nessa fase ainda, o fisioterapeuta lhe ensinará a fazer a automassagem, que é uma drenagem linfatica que você mesmo fará no seu corpo e ajudará a prevenir a presença de inchaço no braço.
▪ Até o 15º dia após a cirurgia: provavelmente o paciente ainda estará com o dreno aspirativo e com os pontos, portanto não poderá levantar o braço acima de 90º para que a ferida operatória não abra. A automassagem deverá continuar sendo feita em casa.
▪ Após o 15º dia: a movimentação total dos braços agora será liberada. E o retorno para a fisioterapia. Serão realizados exercícios de alongamento, exercícios para ganho de força muscular e amplitude de movimento e técnicas de drenagem linfática.
A reabilitação precoce pós mastectomia proporciona ganhos na movimentação do braço, previne aderências e deformidades. O breve restabelecimento funcional do ombro e braço darão condições para a paciente prosseguir com o tratamento do câncer de mama.
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