Você está toda bem vestida, no meio de uma reunião formal e, de repente, lá vem aquela coceira nos seios, desagradável e de enlouquecer. O jeito é pedir licença e ir ao banheiro, se não for um problema frequente. Mas caso seja, entenda por que ele apareceu e que cuidados deve tomar, para viver melhor, mantendo a saúde e o bem-estar.
Dermatite de contato é uma das principais causas
Sempre se ouve falar que determinados tecidos podem causar alergia – e é a mais pura verdade. Neste caso, ela se chama dermatite de contato e é originada também por conta do uso de sabonetes, perfumes e cremes que irritam a pele. Comece dando uma olhada nos sutiãs: tecidos sintéticos, rendas e detalhes como apliques e bordados costumam produzir essa reação. Dê preferência às peças de algodão (a dica vale também para as calcinhas).
A observação pode ser uma grande aliada, por isso, procure prestar atenção às ocasiões em que a coceira nos seios aparece. Você pode acabar descobrindo que ela ocorre cada vez que usa determinado perfume ou quando troca de sabonete.
Higiene é fundamental
Nada de dormir de sutiã: ele esquenta, cria atrito e pode acabar causando uma infecção bacteriana ou por fungos. Seus seios devem estar sempre bem limpos, sem suor, secos e arejados.
Para viver bem e manter a saúde e o bem-estar do corpo, lembre-se de que os seios estão tão sujeitos a outras doenças de pele quanto qualquer outra parte do corpo. Dessa maneira, a sarna, o eczema, a dermatite seborreica e a psoríase são também outras causas recorrentes da coceira nos seios. Na dúvida, não hesite: consultar um especialista é sempre a melhor opção.
Coceira nos seios durante a gravidez é comum
Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por mudanças bruscas e intensas, já que tudo está se modificando para sustentar duas vidas ao mesmo tempo. Da mesma forma que a barriga cresce, os seios também, para acomodar o leite, estirando a pele – e a pele esticada coça.
Por isso, é comum aparecerem estrias na fase em que os seios aumentam de volume muito rapidamente devido à produção de leite. Por outro lado, as mudanças hormonais podem causar certo prurido no bico dos seios, causando, da mesma forma, coceiras.
Depois que o bebê nasce, durante a amamentação pode ocorrer a mastite, uma inflamação nas glândulas mamárias causada pelo leite acumulado, mais comum em mães de primeira viagem. Os seios ficam quentes, endurecidas, avermelhados e costumam doer bastante e coçar ao mesmo tempo. Um sufoco que demanda paciência e aconselhamento médico sobre o que usar para aliviar os sintomas.
Em alguns casos, são passados cremes e o uso do bico de silicone também é indicado. Mas o importante é não interromper a amamentação, essencial para o bebê até os seis meses de vida, pelo menos. É um desconforto que faz parte do período e, mais tarde, será recompensado pela saúde do filhote.
Pode ser câncer?
Bem, toda mulher que se preocupa com sua saúde e bem-estar sabe que deve ficar atenta a qualquer alteração no corpo, mesmo que seja uma simples coceira nos seios. Para muitas, a primeira coisa que vem à mente é se há a possibilidade de ser um câncer. A resposta é sim, há, mas esse tipo, denominado Doença de Paget, é considerado raro e pode ser confundido com alergia, se não houver um exame clínico cuidadoso.
A principal diferença entre esse e o tipo mais comum de câncer de mama é justamente sua apresentação: enquanto um aparece na forma de nódulos, o outro se manifesta através de pequenas lesões em torno do bico, na auréola. Ele coça um bocado, normalmente aparece em apenas um dos seios e persiste mesmo após a aplicação do tratamento comum às dermatites alérgicas. A Doença de Paget também costuma acometer mais frequentemente mulheres entre 40 e 45 anos e após os 65, e também é tratado removendo todo o tumor cirurgicamente.
Na dúvida, procure um médico
Sempre que ocorrer alguma alteração nos seios – seja coceira, dores ou mudança de cor -, a melhor pedida é consultar um médico. Nada de receitas caseiras e consultas com aquela amiga que sabe de tudo, apenas um especialista é capaz de dar o diagnóstico certo e propor a melhor forma de tratamento. Manter-se informada é fundamental, mas nada substitui uma visita a um profisisional qualificado.
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