Motivação

5 Dicas para superar uma traição

Por Redação Doutíssima 01/07/2013

Apesar de vivermos em uma época onde tudo é descartável, desde objetos até pessoas, saber da traição do parceiro amoroso ainda é um dos maiores sofrimentos psíquicos de que padece o ser humano. Na infidelidade é necessário lidar com o fato de ter sido preterido. Entrar em contato com essa realidade provoca uma onda de sentimentos que, inevitavelmente, não escaparão de tocar na ferida maior: o intolerável sentimento de saber-se limitado e incompetente em manter a exclusividade amorosa com o parceiro.

Desconsiderando a análise da sociedade monogâmica e nem questionarei se em outras culturas a infidelidade, a traição, é vivida de outra maneira, vamos analisar um pouco mais a nossa sociedade. O que sabemos é que os relatos das pessoas que sofreram traição, falam de uma dor intensa, pungente e quase intolerável ao descobrir-se traído. A entrada de um terceiro onde antes havia só dois acrescenta ao pacote da dor da perda a quebra de um pacto de confiança que se julgava ter com aquela pessoa tão íntima e próxima. Lidar com essa desilusão é tarefa árdua ou mesmo hercúlea, eu diria.

Para quem foi traído, num primeiro momento, não importa se foi uma escapada numa tarde ou produto de bebedeira de balada: o choque é o mesmo – Imenso.

Para a psicanálise o amor é uma lembrança de completude da qual o umbigo é a mais fiel testemunha.  O que dizer quando se descobre que seu parceiro mantém um caso há meses ou anos? A perplexidade perante o fato não raro paralisa a alegria de viver. Vemos pessoas que, traídas, ficam incapacitadas de trabalhar ou realizar os menores compromissos cotidianos por dias, semanas, meses…

A Cura

Embora dolorido, há casais que, após a descoberta traumática da infidelidade, conseguem fazer um rearranjo onde um novo pacto passa a dar conta da relação. Já outros casais pedem a separação definitiva. Como explicar aqueles casais que nada decidem, nada fazem além de uma temática monótona e desgastante de “discutir a relação”?

Não estou só falando de casais que tem como “desculpa” filhos e situação econômica. Falo também dos inúmeros casais das mais variadas faixas etárias, em que cada um, apesar da independência financeira e inexistência de filhos, não atam nem desatam. O que os prende um ao outro?

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As separações tocam em pontos muito sensíveis da história pessoal. Todas as suas relações ao longo da vida serão afetadas pela maneira como viveu inconscientemente essa perda. Quando um relacionamento sobrevive a uma infidelidade, uma terapia de casal é aconselhável para ajudar a desvendar sentimentos mais profundos que estão ocultos na dinâmica inconsciente do casal e auxiliar na instalação de uma relação mais digna ou no processo de separação.

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Confira 5 Dicas para superar uma traição

1 – Não coloque a culpa no outro. Se você decide perdoar, esqueça o assunto.

2 – Descarte a amnésia. Não finja que nada aconteceu.

3 – Filtre as opinões dos amigos. Desabafar é muito bom, mas aprenda a se defender e se reservar de pessoas que nem sempre querem o seu bem como você pensa.

4 – Evite o efeito “chiclete”. Não tente reparar o acidente conjugal com excesso de presença ou perguntas indiscretas.

5 – Cuide da vida pessoal. Procure focar em você como pessoa e na sua independência.

O que a psicoterapia pode fazer em caso de traição

Quando um psicólogo recebe a pessoa que sofreu a traição trabalha em primeiro lugar o fortalecimento de sua identidade como pessoa. Identifica a possibilidade desta pessoa se sentir culpada e a trabalhamos com a meta da superação desta auto- culpa . O psicoterapeuta trabalha no sentido de ajudar a pessoa a identificar quais são seus valores mais profundos, o que ela acredita e por quais pontos quer e precisa fortalecer em sua vida. Jamais o psicólogo induz a qualquer decisão. Se esta pessoa romperá ou manterá este relacionamento dependerá exclusivamente de seu paciente. Não há verdades únicas e cada um tem seu estilo e características de vida.

Caso o paciente decida romper o relacionamento o psicoterapeuta ajudará em sua reconstrução no sentido de abrir novas possibilidades de atividades e até de novos relacionamentos quando for o momento certo. Caso o paciente decida manter o relacionamento o psicólogo ajudará a renovar a comunicação entre eles de forma a reconstruir a confiança.

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Em resumo, como brilhantemente diz o escritor e poeta mexicano Octavio Paz: “A infidelidade em si mesma poderia não ser grave, mas fere profundamente o outro. Isso todos nós sabemos pela experiência”.