O distúrbio androgênico do envelhecimento masculino (DAEM) conhecido como andropausa, responsável pela diminuição da libido e disfunção erétil é causado pela queda da produção de testosterona no organismo masculino.
Diferente da menopausa em que a produção hormonal é interrompida de forma definitiva, nos homens esta alteração hormonal ocorre de forma lenta e gradual a partir dos 30 anos de idade, podendo em alguns casos advir precocemente em jovens e ou homens obesos, sedentários, estressados e usuários de anabolizantes.
No contemporâneo, um grande risco à queda da produção hormonal do organismo deve-se aos derivados dos xenostrógenos (contaminação ambiental pela indústria petroquímica no meio ambiente e contido em diversos produtos) que interferem negativamente no metabolismo hormonal.
A testosterona fisiológica produzida no corpo masculino desempenha papel chave na regulação da maioria das funções corporais, tais como, crescimento, desenvolvimento, reprodução, libido e potencia sexual
A diminuição deste hormônio tão importante para a sexualidade faz com que os níveis de estrogênio (hormônio feminino encontrado em níveis baixos nos homens) tornem-se prevalentes predispondo o organismo a maiores riscos de AVC, problemas cardiovasculares e formação de coágulos no sangue.
Em obesos, os níveis de testosterona diminuem proporcionalmente ao aumento da produção de uma enzima (aromatase) existente na gordura abdominal e que transforma o hormônio masculino em estrogênio (hormônio primariamente feminino), causando impotência, baixo libido, irritabilidade, cansaço, hipertrofia das mamas (ginecomastia), senilidade precoce, falha de memória, dificuldade de raciocínio e de concentração, labilidade emocional, depressão, prostração, ansiedade, intolerância, fraqueza geral e isolamento social.
Fatores como o uso excessivo de álcool, deficiência de zinco e de vitamina C são prejudiciais, afetando coração e cérebro que são órgãos receptores do hormônio masculino.
Como o envelhecimento potencializa a diminuição da produção hormonal, recomenda-se como profilaxia dos fatores de risco uma saudável atividade física e social cuidados gerais com a saúde, alimentação balanceada, exames periódicos e reposição hormonal sob orientação médica.