O zumbido no ouvido é uma condição que geralmente acomete pessoas acima de 40 anos, contudo tem ocorrido um crescimento considerável deste sintoma entre a população mais jovem, provavelmente por exposição a sons de intensidade inadequada. Mas também pode mascarar diversas doenças como, por exemplo, alguns tipos de surdez, labirintopatias, diabetes, hipertensão arterial, tumores e doenças neurológicas. Por isso, é importante ficar atento quando começar a escutar aquele ruído incomum e procurar um otorrinolaringologista imediatamente.
Andy Vicente, otorrinolaringologista do Hospital CEMA, em São Paulo, alerta para os cuidados que as pessoas devem ter ao perceberem o zumbido no ouvido. “Durante exposição a sons intensos como em festas, shows e concertos, os pacientes podem queixar-se de zumbido que normalmente é temporário, com duração de poucas horas. Mas ele também pode se manifestar como sintoma de alguma doença mais séria, por isso é importante investigar”, diz o médico.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que no Brasil cerca de 28 milhões de pessoas sofram com o zumbido. No mundo são 278 milhões de pessoas com o problema, caracterizado pela audição de um som constante ou que vai e volta, sem ter nenhuma relação de causa e efeito com o ambiente.
O zumbido no ouvido parece com diversos sons como apito, chiado, cigarra, sirene, motor, panela de pressão. Mais raramente ele pode ser rítmico, semelhante à batida do coração, cliques ou asas de borboleta.
Segundo o especialista, os cuidados com a alimentação podem evitar um agravamento do problema. “Alguns alimentos podem piorar o zumbido no ouvido como excesso de doces, café, chocolate, chá mate, chá preto, chimarrão, refrigerantes (tipo cola), bebidas energéticas e álcool”, ressalta o médico.
O ouvido é um órgão muito delicado, por isso se houver qualquer sinal de anormalidade é importante procurar um otorrinolaringologista imediatamente.