O Ministério da Saúde baseia sua campanha no incentivo da doação de órgãos associando o ato com a doação de vida – o que é uma ótima linha de pensamento, pois o doador de órgãos podem realmente salvar vidas. A legislação brasileira mostra que qualquer pessoa é apta a doar seus órgãos se duas circunstâncias forem respeitadas: O doador, em vida, deve ter declarado o desejo da doação e após sua morte, uma autorização escrita deve ser realizada por algum familiar (com parentesco de até segundo grau) para que haja a retirada de órgãos.
Veja abaixo tudo o que você precisa para se tornar um doador de órgãos:
Você vai precisar:
- De uma declaração do doador
- Prevenir sua família
- Ter uma identificação e registro hospitalar
- Não apresentar ocorrência de hipotermia após a morte (temperatura do corpo abaixo de 35°C), hipotensão arterial ou estar sob efeito de drogas
- Submeter-se a dois exames neurológicos para que haja uma avaliação do estado do tronco cerebral
- Realizar um exame que comprove morte encefálica
Passo a passo
Doação de órgãos após a morte:
1) A primeira atitude a ser tomada é avisar seus familiares próximos que você deseja se tornar um doador de órgãos.
2) Não é obrigatório que você registre por escrito o desejo de ser um doador, pois a autorização por escrito da doação feita por seus familiares após sua morte será suficiente.
3) A internet também se tornou uma aliada da manifestação do desejo de realizar uma doação de órgãos. Uma campanha realizada pelo Facebook, por exemplo, incentiva os usuários a informarem a opção através da rede social. Caso o usuário queira se tornar um doador, ele deve adicionar o evento: “Declarou-se como doador de órgãos” à sua linha do tempo.
4) O procedimento começa após a morte encefálica do paciente ter sido constatada, os órgãos e tecidos em condições reaproveitamento serão então retirados para a realização do transplante.
5) A morte encefálica é a morte do cérebro. Quando isso acontece, mesmo se o paciente continue apresentando batimentos cardíacos, sua falência é constatada. Seus órgãos poderão ser doados, após a autorização por escrito da família, enquanto houver circulação sanguínea.
6) Em seguida, a equipe médica se encarrega da verificação de algumas condições para que o transplante possa ser realizado, como a identificação e registro hospitalar do paciente, a confirmação de que não ocorreu hipotermia, exames neurológicos que permitem que o estado do tronco cerebral seja avaliado e exame comprovando a morte encefálica.
Doação de órgãos em vida
1) O paciente, em vida, é apto a realizar a doação de órgãos se houver compatibilidade sanguínea com o receptor. Os órgãos possíveis de serem doados em vida são os duplos – como rim ou pulmão, partes do fígado ou tecidos (por exemplo, a medula óssea).
2) Para que esse tipo de doação seja realizada, a comprovação de que o órgão ou tecidos doados não prejudicarão a saúde do doador deve ser realizada. Um médico se encarrega de avaliar as condições do paciente e a compatibilidade sanguínea para poder continuar o procedimento.
3) O doador que desejar doar um órgão ou tecido em vida deve procurar as centrais de transplantes das secretarias estaduais de saúde mais próximas e realizar o cadastro de doação.
4) O sistema de doação em vigor é chamado de doação consentida. Há alguns anos atrás, ficou estabelecido que os brasileiros interessados em doar os órgãos deveriam o informar por meio de um aviso na carteira de identidade ou de motorista. Em 2000, essa exigência passou a não mais existir. Hoje, é o desejo da família que define um doador, pois é ela quem autoriza a doação.
Dicas & Advertências
As famílias dos doadores frequentemente se preocupam com aspecto final do corpo do mesmo. É importante informar que os hospitais autorizados a retirar os órgãos são obrigados conservar a aparência inicial do cadáver. Assim, qualquer diferença externa se torna imperceptível.