Clínica Geral

Vacina antitetânica deve ser repetida a cada dez anos

Por Redação Doutíssima 01/07/2015

Você está com sua dose de vacina antitetânica em dia? Caso não lembre quando a fez pela última vez, é melhor dar uma olhada na carteira de vacinação. Isso porque ela deve ganhar um reforço a cada dez anos.

A vacinação é o melhor caminho para evitar o tétano – uma doença grave causada por uma toxina bacteriana que afeta o sistema nervoso. Dados do Ministério da Saúde indicam que o número de casos de tétano tem caído nos últimos anos, cerca de 44%.

vacina antitetânica

Crianças precisam receber a vacina segundo o Programa Nacional de Imunizações. Foto: iStock, Getty Images

A queda no número de ocorrências no Brasil é atribuída à vacinação de rotina e ao reforço na imunização dos chamados grupos de risco. Porém, qualquer pessoa pode ter tétano e essa condição é capaz de até mesmo ser fatal se não tratada adequadamente.

 

Como a vacina antitetânica protege o organismo?

Essa vacina protege contra a toxina produzida pelas Clostridium tetan, bactérias que causam o tétano. Essas bactérias crescem no solo e nas fezes, mas podem existir em qualquer lugar no ambiente.

Se você tiver um corte ou um ferimento na mão, por exemplo, a ferida muitas vezes pode ser contaminada por ela que, em seguida, entra na corrente sanguínea. A doença não é transmissível de pessoa para pessoa.

 

É possível que o tétano seja fatal. A toxina afeta os nervos no cérebro e na medula espinhal. Esse problema, por sua vez, provoca rigidez no pescoço, no ombro e nos músculos da mandíbula, dificuldades para falar, espasmos musculares dolorosos e um batimento cardíaco anormal, além de dificuldade para respirar.

 

A vacina antitetânica é administrada em diferentes idades, mas é aplicada a todas as crianças como parte do Programa Nacional de Imunizações. Além disso, na idade adulta o médico pode recomendar uma vacina de reforço contra o tétano – principalmente para quem tem 50 anos ou mais e não recebeu vacinação antitetânica nos últimos 10 anos.

 

É importante ainda que, antes de viajar para um local desconhecido, você verifique a validade da vacina. Ela pode, inclusive, ser administrada em mulheres grávidas – não há risco algum conhecido para o feto.

 

Vacina antitetânica no tratamento de câncer

Além de proteger o organismo de uma doença bastante perigosa, a vacina antitetânica pode ainda ajudar no tratamento de um dos tipos mais mortais de câncer – o glioblastoma.

 

Segundo um estudo do Centro Médico da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, uma dose de vacina antitetânica traz maior longevidade a pacientes quando adicionada a um tratamento experimental para o tipo mais comum e letal de tumor cerebral.

Os pesquisadores revelaram que os pacientes que fizeram a vacina contra o tétano viveram anos a mais do que aqueles que não a fizeram. Inclusive, após a cirurgia para remoção do tumor, que normalmente cresce novamente. As poucas drogas para tratar esses tumores têm pouco efeito e metade dos doentes morrem dentro de cerca de 15 meses.

 

Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão DoutíssimaClique aqui para se cadastrar!