Ainda hoje falamos sobre as qualidades e características do uso do flúor na odontologia e todos já o conhecemos e utilizamos de forma controlada e racional para aproveitar de seus benefícios sem efeitos colaterais. Isso precisa ser compreendido pelas prefeituras, bem como suas secretarias responsáveis pelo controle da fluoretação das águas. É um fator importantíssimo para o controle da epidemia cárie que vem dizimando a qualidade de vida da população com dores, inchaços, sangramentos e perdas dentárias. Achei muito interessante essa matéria do globo.com que mostra o que acontece na cidade de São Paulo, com relação à fluoretação da água para podermos ter dados concretos da real qualidade de nossa água.
“Alerta sobre a qualidade da água: uma pesquisa feita pelo Conselho de Odontologia de São Paulo mostra que falta flúor na água que abastece metade dos municípios avaliados. A adição da substância no tratamento da água é lei federal, mas a quantidade encontrada nas amostras está muito abaixo do recomendado. Em alguns casos, está entre seis e sete vezes abaixo do que determina a lei. O Conselho Regional de Odontologia analisou a água de 105 municípios paulistas e alerta que a falta de flúor na água é um risco para a saúde da população.
A cidade de São Simão, a cerca de 300 quilômetros de São Paulo, também foi reprovada nos testes do Conselho de Odontologia, com uma quantidade de flúor menor do que a recomendada. A bomba que deveria adicionar o flúor à rede está desativada.
“Essa é a bomba do flúor. Ela está totalmente desativada como você pode ver, está desconectado da rede elétrica e está desativado”, declara Antonio Claudio Garcia Duarte, diretor de Obras e Serviços da cidade.
Uma estação de tratamento chegou a ser construída há cerca de cinco anos, mas a obra nunca foi concluída. Para o professor de Saúde Pública da USP Paulo Frazão, a situação das cidades é alarmante.
“O Brasil inclusive desenvolve tecnologia nessa área, assessora outros países nessa área, então não há dificuldade com relação a fazer a tecnologia da fluoretação. É preciso que isso nos próximos meses, nos próximos 90 dias, seja corrigido”, explica.
O prefeito de Holambra diz que já tomou providências e que a água agora tem o nível recomendado de flúor. Mesmo assim, por não ter um sistema de abastecimento eficiente, Holambra está travada. O prefeito proibiu a formação de novos loteamentos e de instalação de empresas, até que uma nova estação de tratamento comece a funcionar na cidade. “Então nós estamos no limite, mas procurando e trabalhando para servir uma água boa e dentro das normas legais, porque a gente sabe que água e saúde”, diz.
A cidade já tem uma nova estação de tratamento, mas ela está parada. O prefeito diz que precisa de R$ 2 milhões para fazê-la funcionar.
O diretor de obras de São Simão também diz que falta dinheiro para cidade cuidar da rede de abastecimento, mas afirmou que a água deve começar a receber a dose necessária de flúor no início de 2014.”
Entendo as dificuldades que cada prefeitura possui em sua administração diária mas entendo também que é um procedimento simples, barato e de fácil controle e que quando bem realizado pode dar benefícios gigantescos para a comunidade. Precisamos melhorar aos poucos cada problema de nossas comunidades e para isso, o povo precisa se juntar, cobrar e atuar juntamente com seus governantes.