Houve uma época na qual as crianças que ficavam bronzeadas devido a horas brincando no sol quente de uma tarde de verão eram consideradas saudáveis e crianças que eram pálidas por ficar muito tempo dentro de casa eram consideradas ‘doentes’. Os raios do sol, de acordo com a crença, eram tão bons quanto torta de maçã e tão restauradores quanto uma semana no campo.
Para se assegurar de que sua criança não sofra as consequências do excesso de sol, tenha em mente os seguintes fatos e dicas sobre cuidados com o sol.
Fatos sobre cuidados com o sol:
- Bebês são particularmente propensos a queimaduras de sol por causa de sua pele sensível. Um único caso sério de queimadura de sol durante a infância dobra o risco do câncer de pele mais perigoso, o melanoma maligno. Mesmo um bronzeado aparentemente inocente sem queimar nos primeiros anos foi associado a carcinomas de células basais e de células escamosas, os tipos mais comuns de câncer de pele, assim como a um envelhecimento prematuro da pele. Acredita-se que o sol é responsável por pelo menos 90% de todos os cânceres de pele, a maioria dos quais poderia ter sido evitada.
- Não existe bronzeado seguro, por mais gradual que seja. Um bronzeado artificial feito antes de tomar sol também não protege a pele contra danos maiores.
- Indivíduos com pele branca e cabelos e olhos claros são mais suscetíveis, mas ninguém está imune aos efeitos perigosos dos raios solares.
- O nariz, os lábios e as orelhas são as partes do corpo mais suscetíveis a danos provocados pelosol.
- A intensidade do sol é maior, portanto os raios são mais perigosos, entre 10 da manhã e 3 da tarde (ou entre 11 da manhã e 4 da tarde no horário de verão).
- 80% da radiação solar passa pela cobertura das nuvens. Portanto, a proteção é necessária tanto em dias nublados quanto em dias claros.
- Água e areia refletem os raios do sol, aumentando o risco de danos à pele e a necessidade de proteção na praia, piscina ou lago.
- A pele molhada permite que mais raios ultravioleta penetrem do que a pele seca – então, proteção extra é necessária na água.
- Calor extremo, vento, altitude alta e proximidade da Linha do Equador também acentuam os perigos dos raios de sol, então, tome mais precauções nessas condições.
- Neve no chão pode refletir o bastante dos raios de sol em um dia claro que causam queimaduras de sol.
- Evite expor bebês com menos de seis meses de idade ao sol forte, particularmente no pico da intensidade do sol no verão ou em climas quentes durante o ano todo. Proteja as crianças com um guarda-sol no carrinho.
- Reaplique o protetor solar a cada duas a três horas, e com maior frequência quando o bebê brinca na água ou se o bebê está suando muito. Carregue protetor solar na sacola do bebê caso precisar reaplicá-lo repentinamente.
- As exposições ao sol iniciais e protegidas não devem durar mais que alguns minutos e podem ser aumentadas gradativamente em um ou dois minutos por dia, até vinte minutos.
- No sol, todos os bebês e crianças devem vestir chapéus claros com abas para proteger os olhos e a face, e camisas para proteger o torso, mesmo quando estiverem na água. A roupa deve ser leve, de tecidos que tenham tramas bem unidas. Duas camadas finas podem proteger melhor que uma, já que os raios de sol podem passar pelos tecidos – mas tenha cuidado com exageros ao vestir.
- A exposição ao sol causa danos aos olhos assim como à pele. Crianças que passam muito tempo no sol devem usar óculos de sol de proteção que filtrem raios perigosos. Então, quando o bebê estiver com oito ou nove meses de idade (especialmente se ele frequentar o parquinho), é hora de levar os óculos. Procure os que são rotulados como ‘100% de proteção contra raios UV’ e que obedecem aos padrões de segurança. Habituar o bebê aos óculos de sol desde cedo vai ajudar na obediência depois.
- Durante o tempo quente, tente fazer com que a maior parte da atividade fora de casa seja no início da manhã ou no fim da tarde. Mantenha crianças longe do sol do meio dia sempre que possível.
- Se sua criança estiver tomando algum remédio, assegure-se de que ele não causa uma sensibilidade maior ao sol antes de permitir que ele seja exposto.
- Dê um bom exemplo protegendo sua própria pele dos danos dos raios solares, com um chapéu, protetor solar e óculos escuros.
Dicas de cuidados com o sol:
Sinais de queimaduras de sol
Muitos pais assumem que seus bebês estão bem no sol contanto que a pele não fique avermelhada. Infelizmente, eles estão errados. Você não pode ver uma queimadura de sol quando ela está ocorrendo e, quando você a vê, é tarde demais. É só depois de duas a quatro horas depois das exposições que a pele fica vermelha, quente e inflamada, e a cor não chega ao estilo ‘pimentão’ até dez a quatorze horas após a exposição. Uma queimadura de sol séria também gerará bolhas e será acompanhada por dor localizada e, nos casos mais sérios, dor de cabeça, náusea e calafrios. A vermelhidão normalmente começa a se abrandar e os sintomas começam a diminuir após quarenta e oito a setenta e duas horas. Nesse ponto, a pele, mesmo em casos mais leves, pode começar a descascar. Ocasionalmente, porém, o desconforto pode continuar por uma semana a dez dias.