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Compulsão sexual é doença e precisa de tratamento. Conheça os sintomas

Por Redação Doutíssima 23/05/2014

A compulsão sexual é assim considerada quando um indivíduo tem desejos em excesso, a tal ponto que tem dificuldade em controlar tais sensações, prejudicando sua concentração.

 

Quando a pessoa possui compulsão sexual, ela apresenta um nível elevado de desejo e de fantasias, além do aumento da frequência sexual com compulsividade ao ato, controle inadequado dos impulsos e também grande sofrimento. Ela acaba dominada por pensamentos e sentimentos sexuais e acaba atrapalhando suas atividades diárias e os relacionamentos afetivos.

 

Na compulsão, desejos precisam ser saciados, não importa com quem, nem onde. Foto: Shutterstock

Na compulsão, desejos precisam ser saciados, não importa com quem, nem onde. Foto: Shutterstock

 

Entenda melhor a compulsão sexual

 

Neste momento, você pode estar se perguntando: será que tenho compulsão sexual? Muita calma nessa hora! Existe uma enorme diferença entre ser compulsivo e gostar muito de sexo.

 

O fato de a pessoa ter uma vida sexual intensa, de maneira alguma é um sintoma da compulsão sexual. A diferença é que o compulsivo não consegue resistir aos pensamentos e desejos, que precisam ser saciados no mesmo momento, não importando com quem, nem onde.

 

Em geral, o compulsivo não apresenta disfunções sexuais do tipo ejaculação precoce ou impotência, funcionando relativamente bem durante o ato sexual. Mas quando tenta evitar e controlar o impulso para o sexo, a pessoa pode ficar tensa, ansiosa ou depressiva.

 

A pressão para a expressão sexual retorna e o indivíduo sente-se escravo de seus próprios desejos. A ansiedade pré-atividade sexual, a intensa gratificação após o orgasmo e a culpa após o ato não são raras.

 

Diferentes níveis

 

Existem níveis diferentes de compulsão sexual, desde a masturbação compulsiva e prostituição, a alguns comportamentos perversos, como exibicionismo, ou mesmo pedofilia e estupro.

 

Hoje em dia, com o maior acesso aos meios de comunicação, como a internet, encontramos uma nova modalidade de hipersexualidade: a compulsão sexual virtual de pessoas que gastam de 15 a 25 horas em frente ao computador navegando em sites de sexo.

 

Como controlar a doença

 

A compulsão sexual é uma síndrome que pode se originar de diferentes formas. Por vezes, é vista como um problema de dependência ao sexo, similar às drogadições de cocaína, álcool ou heroína.

 

Ela pode ser encarada como um problema de comportamento mal adaptado, onde o ato repetitivo de busca de prazer sexual foi aprendido ao longo da vida como tranquilizante, de forma a diminuir sentimentos de ansiedade, medo e solidão.

 

A compulsão sexual tem cura. Normalmente, é o psiquiatra ou o terapeuta sexual que é procurado ou indicado para esse tipo de tratamento. As linhas terapêuticas podem ser empregadas isoladas, mas tem se recorrido muito a tipos de tratamentos combinados, como o uso de medicação concomitantemente à terapia. Os grupos de apoio têm demonstrado grande utilidade como terapia auxiliar.

 

Algumas drogas podem ser utilizadas nos casos em que a compulsão sexual é predominante. Para aquelas pessoas que apresentam sintomas de voyeurismo ou exibicionismo, a psicoterapia de orientação analítica é a mais indicada, exigindo maior tempo de tratamento.

 

Em casos mais graves, onde a compulsão coloca outras pessoas também em risco, como abuso sexual ou estupro, pode-se fazer uso de algumas medicações à base de hormônios (progesterona), que inibam o desejo sexual.  Em alguns casos, a internação do paciente se faz necessária para a contenção de riscos.

 

 

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