Imagine que você entra em um avião e, de repente, seu coração começa a palpitar de forma acelerada. Você sente uma dor no peito, começa a suar frio. E o pior: você pensa que o avião vai cair e que você vai morrer. Acredite, você pode estar tendo um ataque de pânico, um dos principais sintomas da síndrome do pânico.
Pesquisas realizadas nos Estados Unidos indicam que de 2% a 5% dos norte-americanos sofrem da síndrome do pânico, e que ela se manifesta pela primeira vez entre os 20 e 25 anos.
O que gera a síndrome do pânico
Ainda não se sabe exatamente o que causa a síndrome do pânico, mas já foram elaboradas algumas teorias. A primeira delas detecta que os ataques normalmente acontecem em famílias, de modo que ela teria uma origem genética.
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Outras teorias sugerem que a síndrome do pânico poderia decorrer de defeitos físicos no sistema nervoso da pessoa – uma hipersensibilidade do sistema nervoso ou um desequilíbrio químico repentino, por exemplo. Sabe-se, ainda, que algumas substâncias como o álcool e a cafeína também podem desencadear os sintomas.
Sinais que alertam para a síndrome do pânico
Conheça, abaixo, os principais sintomas da síndrome do pânico:
– Palpitações ou aumento da frequência cardíaca;
– Suor excessivo;
– Tremores ou espasmos musculares;
– Sensação de afogamento ou de falta de ar;
– Aperto no peito;
– Náuseas ou dores abdominais;
– Perda da estabilidade, mareação ou sensação de desmaio iminente;
– Sensação de irrealidade ou de despersonalização;
– Medo de perder o controle ou ficar louco;
– Terror, isto é, sentir que algo horrível vai acontecer e que você não pode evitar;
– Medo de morrer;
– Sensação de formigamento;
– Calafrios.
No início, a pessoa acredita que está tendo algum problema físico, razão pela qual busca uma série de especialidades médicas e realiza diversos exames para encontrar uma causa orgânica que explique a presença dos sintomas que indicamos acima – sobretudo quando apenas os físicos se apresentam.
Mas quando os exames mostram que o organismo está em perfeitas condições, os médicos costumam recomendar que as pessoas consultem um psiquiatra, porque podem estar com algum transtorno de ansiedade.
Busque tratamento
É muito importante buscar tratamento. É que se esse transtorno psiquiátrico não for tratado de forma adequada, a pessoa que sofre com ele pode restringir cada vez mais suas atividades rotineiras – é possível que evite, por exemplo, o uso de trens, ônibus ou avião, bem como não se anime a sair sozinho na rua ou se afastar muito de casa.
É bem provável, também, que comece a evitar locais fechados ou com grande aglomeração de pessoas, como cinema. Enfim, essa condição acarreta uma série de restrições à vida das pessoas e, por isso, merece total atenção.
O tratamento dessa condição normalmente envolve duas frentes: a terapia cognitiva, que é usada para a pessoa refletir e se comportar adequadamente, fazendo que com a situação que provoca o medo fique menos ameaçadora; e os medicamentos, que devem ser prescritos pelo psiquiatra conforme o caso.
Além disso, as pessoas que praticam exercícios físicos, têm uma dieta adequada e balanceada, consomem álcool e cafeína em quantidades moderadas e sabem manejar o estresse têm maiores chances de superar esse transtorno.
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