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Malhar em jejum conquista adeptos, mas nova febre traz riscos

Por Redação Doutíssima 07/10/2014

Na teoria faz sentido. Malhar em jejum, praticando exercícios na primeira hora do dia com o estômago vazio, pode fazer seu corpo queimar mais gordura. Afinal, sem a ingestão de alimentos ao longo de oito a 12 horas, o organismo vai queimar as calorias estocadas.

 

Isso porque os estoques de glicogênio estarão esgotados, e os baixos níveis de insulina de manhã farão com que seu corpo tenha que recorrer a outras fontes de energia. Com isso, é comum que o organismo transforme a gordura em energia.

 

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É preciso consultar um médico antes de aderir à malhação em jejum. Foto: Shutterstock

 

Esta prática tem sido usada há muitos anos por fisiculturistas e está ganhando popularidade entre os frequentadores de academias. Mas será que evitar um delicioso café da manhã antes de se exercitar pode realmente emagrecer e melhorar o desempenho? Veja por que malhar em jejum pode comprometer os seus resultados.

 

Malhar em jejum nem sempre diminui gordura

 

As fontes de energia são derivadas dos chamados macronutrientes: os carboidratos, os lipídios e as proteínas. Os dois primeiros são puramente uma função da energia, enquanto o último é o principal responsável pela estrutura e regeneração de tecidos.

 

Após uma noite de sono, onde nenhum alimento é ingerido, nosso corpo fica com uma baixa taxa de glicose no sangue e de glicogênio muscular e hepático, e isso significa que o nosso corpo não terá energia suficiente para fazer um esforço físico intenso.

 

Isso faz muitos pensarem que, como o corpo precisa de energia extra para praticar atividades físicas, vai buscar esta energia em seus reservatórios de gordura. E é aí que pode estar o grande problema.

 

O corpo não usa primeiramente a gordura, já que ele irá retirar a energia que necessita das proteínas, o que possivelmente irá resultar em perda de peso. Mas este peso não é gordura. Na verdade, é o músculo que você está reduzindo.

 

Riscos à saúde por malhar em jejum

 

Segundo um estudo espanhol, a primeira coisa que queimamos ao malhar em jejum são os depósitos de glicogênio nos músculos e no fígado e, como resultado, teremos uma maior sensação de fadiga durante o exercício. Ou seja, o desempenho poder ser afetado por ficar tanto tempo sem consumir alimentos e praticar algum tipo de exercício.

 

Além disso, a pesquisa ainda revelou que malhar em jejum provoca aumento de risco de doenças cardiovasculares, tais como a inflamação e a oxidação. A hipoglicemia também pode ser um risco recorrente, que pode causar tonturas, vômitos e desmaios.

 

Quando malhar em jejum é uma alternativa

 

Para alguns atletas, malhar em jejum tem resultados satisfatórios. Isso porque estes exercícios são feitos com moderação e, em alguns casos, com suplementação de aminoácidos. Assim, é possível buscar a quantidade de exercício que possa dar resultados e afastar os riscos.

 

Porém, ainda é recomendado comer pequenas quantidades de alimentos como frutas e beber água, para melhorar o desempenho do treinamento.

 

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