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Saiba reconhecer e diferenciar o diabetes tipo 1 e 2

Por Redação Doutíssima 09/11/2014

Podendo surgir em qualquer fase da vida, o diabetes é um distúrbio metabólico causado pela falta relativa ou absoluta de insulina no organismo. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas e tem a função de facilitar a absorção da glicose pelo organismo. E é justamente na disfunção da produção de insulina que surge o diabetes tipo 1 e 2.

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Diferenças entre tipos de diabetes tem reflexos também no tratamento. Foto: iStock, Getty Images

Quando a insulina é produzida em quantidade insuficiente ou atua de forma inadequada, a glicose deixa de ser absorvida pelas células, gerando um acúmulo de açúcar no sangue.

Diabetes tipo e 2 afetam muitos brasileiros

Estima-se que 15 milhões de brasileiros sofram com a doença, que tem, entre seus sintomas, sede excessiva, náuseas e vômitos, visão turva, cansaço, irritabilidade, alteração de peso, dificuldade de cicatrização e formigamento nas mãos e pés.

Apesar do grande número de pessoas diagnosticadas com diabetes, é preciso ter consciência de que se trata de uma doença que pode facilmente ser controlada. Existem dois tipos: o diabetes tipo 1 e 2.

Enquanto o primeiro se trata de uma doença autoimune, onde o corpo produz pouca ou nenhuma insulina, o segundo tipo, que é o de maior incidência, é ocasionado por fatores hereditários e é mais comum na fase adulta.

O diabetes tipo 1 geralmente surge na infância ou adolescência, e costuma ocorrer em cerca de 5 a 10% das pessoas que sofrem com a doença. O que caracteriza esta manifestação da doença é a perda de capacidade do pâncreas de produzir insulina em decorrência de um defeito do sistema imunológico.

Isto faz com que os anticorpos ataquem as células responsáveis pela produção deste hormônio. Ou seja, o corpo acaba atacando as células que produzem insulina por não reconhecerem mais elas como sendo da pessoa.

Diferenças entre diabetes tipo 1 e 2

Os portadores de diabetes tipo 1 necessitam injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais. Caso as doses não sejam aplicadas diariamente, há risco de vida.

É importante ressaltar que a aplicação de insulina não promove qualquer tipo de dependência química ou psíquica. Neste caso, o hormônio é importante para permitir a entrada de glicose na célula, tornando-se fonte de energia.

Já o diabetes tipo 2 normalmente está associado a obesidade e idosos. Ao contrário do tipo 1, a produção de insulina neste caso é normal. Só que os tecidos do corpo se tornam resistentes à sua ação, o que acaba impedindo a absorção da glicose pelo organismo e gerando o aumento da taxa de açúcar na corrente sanguínea.

O diabetes tipo 2 se desenvolve muito mais lentamente do que o tipo 1, de forma que os sintomas são menos óbvios e muita gente não sabe que tem a doença.

Uma diferença bastante significativa entre o diabetes tipo 1 e 2 é que os anticorpos anti-insulina, antiGAD, IA2 e ICAs são positivos no tipo 1 e ausentes no tipo 2, o que faz quem sofre do primeiro tipo necessitar de aplicações de insulina diariamente.

Para divulgar e explicar o que é o diabetes tipo 1 e 2 e conscientizar a população sobre as duas formas de manifestação da doença, a Federação Internacional de Diabetes e a Organização Mundial da Saúde instituíram o Dia Mundial do Diabetes.

A campanha, que é realizada durante o Novembro Azul, promove ações para prevenir ou retardar as complicações do diabetes e reduzir os principais fatores de risco para o diabetes tipo 1 e 2.