Apesar da grande maioria não aceitar ou se sentir vergonhada de assumir, muitas são as mulheres sofrem com os sintomas de depressão pós-parto. Geralmente, os sinais são sentidos nos primeiros dias após a chegada do bebê e podem seguir até um mês de vida do pequeno.
Sintomas da depressão pós-parto
Entre os sintomas mais comuns de depressão pós-parto, a mulher pode sentir uma tristeza estranha e inexplicada, irritabilidade, sensação de medo e de incapacidade de cuidar da criança, desinteresse pelo filho, crises de choro, falta de apetite e dificuldade para dormir.
A chegada de um bebê é muito impactante e é preciso um tempo para que a nova rotina seja processada e entrem em uma sistemática. Todos os fatores citados deixam a rotina mais difícil e afetam também o relacionamento com as outras pessoas.
Outros fatores emocionais podem gerar a depressão pós-parto, mas em condições normais, de um bebê que era desejado em boas condições familiares, a mamãe pode sofrer por ficar muito apreensiva em não saber o que o bebê quer.
É um momento que, apesar de toda a ligação, mãe e filho ainda estão se conhecendo. A mãe, contudo, acredita que tem obrigação em saber tudo e fica se culpando, podendo cair em depressão. Além disso, a mãe também se culpa por estar se sentindo triste, ficando ainda pior.
Quando procurar um médico
A depressão pós-parto mais “leve” deve sumir, no máximo, em cinco ou seis semanas. É realmente o período de adaptação, que com o apoio da família é passageiro sem a necessidade de intervenção médica. Passado esse período, é importante que a mãe busque ajuda de um médico psiquiatra.
Acredita-se que cerca de 15% das mulheres sofram do problema com sintomas fortes e severos. Eles podem surgir a qualquer momento e se manifestar até os seis meses de vida da criança.
A mãe geralmente não percebe que está em depressão, por isso é fundamental que a família esteja sempre atenta. Os sintomas de apatia em relação à criança e uma tristeza que não acaba nunca, além dos outros possíveis sintomas já citados, ocorrem em maior escala. A depressão pós-parto é uma doença incapacitante, sendo necessário terapia e administração de medicamentos.
A mamãe doente acaba ficando impossibilitada de prover cuidados com o bebê e consigo mesma. Mais uma vez é importante destacar o papel da família, pois em casos severos da depressão a mãe pode maltratar, abandonar o filho, tentar matar a criança e atentar contra a própria vida.
Como prevenir a depressão pós-parto
O adequado acompanhamento da gravidez é fundamental para deixar a mulher mais segura e confiante. Os exames de pré-natal não verificam se uma mulher pode ou não sofrer de depressão após ganhar o bebê, mas a situação emocional que a gestante se encontra deve ser levada em consideração.
Mulheres que já tem histórico de depressão, gravidez indesejada, falta de estrutura emocional, financeira e de experiência (como no caso de adolescentes), além de usuárias de drogas, integram o grupo de risco para desenvolvimento da depressão pós-parto. Por tudo isso, a atenção da família é ainda mais necessária nesses casos.
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