Dia 25 de janeiro é o Dia Nacional de Prevenção e Combate da Hanseníase. A data serve para mobilizar a população a agir contra a manifestação dessa doença que, apesar de ter cura, já matou muitas pessoas no mundo.
Conhecida também como lepra, é provocada por uma bactéria que causa deformidades na pele, principalmente nas mãos, nos pés e no rosto.
Devido às manchas e lesões que aparecem nas pessoas infectadas, o problema causa segregação e preconceito. Desde muito tempo, a hanseníase vem contaminando os humanos que contraem a doença após o contato direto com outro portador da bactéria.
Em 1873, o médico Hansen identificou a Mycobacterium leprae, agente transmissor da doença, que levou esse nome em homenagem ao seu descobridor.
Hanseníase: doença que provoca estigmas
A data oficial para prevenir e combater a hanseníase funciona como uma lembrança da importância de trazer a doença para as pautas de preocupação nacional. Mesmo com uma redução dos casos fatais, após o desenvolvimento do processo poliquimioterápico, ela ainda afeta milhares de pessoas no Brasil e no mundo.
O principal problema da doença é o aspecto deformado que ela provoca. Os pacientes infectados pela bactéria ficam com lesões no rosto e manchas por todo o corpo, causando repulsa por parte de algumas pessoas.
Porém muitos sequer são contaminados, mesmo entrando em contato com quem tem o problema. Inclusive, existem médicos especializados no tratamento de pacientes portadores da bactéria que não desenvolveram a doença.
Rotulados de “leprosos”, as pessoas com hanseníase costumam se sentir ainda pior devido à condição física que ela causa. A manifestação irá depender de como o organismo absorve a bactéria e a resposta de seu sistema imunológico. Má alimentação, exposição à sujeira e falta de higiene podem tornar a pessoa mais propícia à contaminação.
Prevenindo a hanseníase
A vacina BCG, administrada em duas doses na infância, é uma importante aliada na prevenção da doença. Estudos realizados no Brasil, e em diversos outros países, comprovaram a eficácia da vacinação contra a infecção pela bactéria.
Das pessoas vacinadas, de 20% a 80% tiveram mais proteção nos casos multibacilares. Dessa forma, é indicada a aplicação da dupla dosagem para todas as pessoas que entram em contato com alguém infectado. O diagnóstico precoce também favorece o tratamento que, quanto mais cedo for iniciado, mais será eficaz.
O principal objetivo ao tratar a hanseníase é parar a transmissão, a fim de que outras pessoas não sejam infectadas. Com o avanço da medicina e o desenvolvimento de novas técnicas, a poliquimioterapia surge para promover a cura da doença.
Realizado gratuitamente nas unidades públicas de saúde, o tratamento consiste no uso de dois ou três medicamentos via oral. Dependendo do quadro e manifestação da doença, o paciente será avaliado como multibacilar ou paucibacilar. A partir de então, o médico faz a recomendação e acompanha o paciente.
Depois de um período de aproximadamente seis meses, a cura é possível. Portanto, a data do dia de combate e prevenção vem para incentivar o diagnóstico precoce e tirar o estigma de quem está doente.