Guia de Carnaval

Carnaval aumenta o risco de HPV em homens

Por Redação Doutíssima 29/01/2015

Ao contrário das mulheres, o HPV em homens ainda é pouco conhecido, mesmo sendo eles os principais disseminadores da doença. O fato é que, com a proximidade do Carnaval, ambos os sexos estão mais vulneráveis ao contágio devido as circunstâncias que envolvem a maior festa popular brasileira.

hpv em homens

Sexualmente transmissível, o HPV pode evoluir para tumores. Foto: iStock, Getty Images

Sintomas do HPV em homens

 

O HPV em homens é de difícil diagnóstico, pois, em poucos casos, apresenta sintomas. Há mais de 200 tipo de papiloma vírus humano e, apenas uma pequena parcela, provoca sinais. Esses podem ser as preliminares do câncer de pênis, ânus ou garganta.

Quando apresenta sintomas, o HPV em homens, assim como nas mulheres, pode levar ao surgimento de verrugas genitais, ou mesmo, o quadro já avançado dos tumores citados. Entre 60% e 90% das lesões acontecem no prepúcio, seguido de contaminação no corpo do pênis (55%), glande e escroto (20% cada uma).

Como prevenir HPV em homens

 

A transmissão da doença se dá através de relações sexuais vaginal, anal ou oral, mesmo que o parceiro ou a parceira não apresente qualquer sintoma. O vírus do HPV pode ser silencioso e traiçoeiro. Todos esses órgãos são passíveis de contágio e, cada um, envolve um risco diferente.

A única maneira de prevenir a doença é usando preservativo em todas as relações sexuais. Mesmo assim, a camisinha não consegue proteger a contaminação do saco escrotal. Por isso, é importante que os homens façam autoexames preventivos rotineiramente e, ao sinal de qualquer verruga ou alteração da pele na região genital, busque um médico.

Homens com menos de 26 anos que não foram infectados pelo HPV, podem fazer uma vacina que protege contra a doença e o câncer anal. A imunização, vendida comercialmente como Gardasil, não é oferecida pelo Sistema Único de Saúde.

HPV não tem cura

 

O HPV em homens também não tem cura. Por se tratar de um vírus, a cura só acontece quando o papiloma é eliminado completamente pelo corpo, o que acontece em casos raríssimos.

O mais comum, quando o paciente faz o tratamento corretamente, é o vírus ficar inativo no organismo. Quando há uma queda brusca de imunidade é possível que ele se reative e volte a causar verrugas, que devem ser novamente tratadas.

O tratamento do HPV deve ser indicado e controlado por um clínico geral ou urologista e pode envolver medicamentos tópicos, cauterização e até mesmo cirurgia.

Já para as verrugas em alguma parte da genitália,  o tratamento pode ser com aplicação de pomadas, uso de medicamentos orais e, em casos extremos, podem ser cauterizadas, o que é extremamente dolorido e agressivo psicologicamente.

Em casos onde o HPV evolui para câncer, o tratamento envolve cirurgia para remoção das células cancerígenas, podendo ser usado como tratamento de apoio a radioterapia e a quimioterapia.

Agora que você já sabe que o HPV em homens é perigoso, curta o carnaval sempre acompanhado de camisinha. Sempre tenha algumas junto com você. Lembre-se: sua saúde é mais importante do que qualquer transa.

 

 

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