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HPV tem cura? Saiba como tratar esse vírus

Por Redação Doutíssima 30/11/2014

O papilomavírus humano, HPV, não pode ser combatido com medicação. Ao se perguntar se o HPV tem cura, saiba que não, mas seus efeitos, contudo, são passíveis de tratamento. Doença Sexualmente Transmissível (DST), o HPV é um vírus que em alguns indivíduos é assintomático, quando é chamada de infecção latente, enquanto em outros se manifesta, sobretudo, a partir de verrugas ou lesões exofíticas, popularmente conhecidas como ‘crista de galo’, ‘figueira’ ou ‘cavalo de crista’.

 

Nas mulheres geralmente surgem no colo do útero, vagina, vulva, região pubiana, perianal e ânus. Nos homens, que igualmente podem ser infectados, costumam mostrar-se no pênis (glande), bolsa escrotal, região pubiana, perianal e ânus.

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Assintomática, doença ataca homens e mulheres e não tem cura. Foto: iStock, Getty Images

O que leva a crer que HPV tem cura

 

Em ambos os sexos, a presença do HPV também pode ser revelada a partir de lesões na boca e na garganta (incluindo pregas vocais). Mas não é apenas o aparecimento de verrugas na pele e nas mucosas dos órgãos que preocupa.

 

Você pode se questionar se o HPV tem cura, já que não apresenta sintomas. Não tem e quando não é corretamente tratado, pode evoluir para doenças graves. Um exemplo é o câncer do colo do útero que pode surgir em razão das infecções desencadeadas por algumas variações do vírus – os tipos oncogênicos.

 

O HPV tem cura ignorada e seu tratamento geralmente é baseado na aplicação de pomadas e cauterização (laser) das áreas afetadas. Os remédios de uso tópico mais adotados são o Podofilox ou Imiquimode. Já o Interferon é uma medicação que costuma ser prescrita para ser associada às pomadas, visto que também fortalece o sistema imunológico.

 

Há estudos que sugerem que pomada de barbatimão (planta largamente empregada por suas propriedades cicatrizantes e bactericidas, também chamada de barba-de-timan, casca-da-mocidade, e ubatima) é altamente eficaz no combate ao HPV.

 

A comercialização do fármaco ainda não foi aprovada pelos órgãos reguladores, no entanto. Quando o vírus provoca o câncer, as alternativas médicas são a radioterapia e a quimioterapia.

 

Preservativo não determina que HPV tem cura

 

Durante o tempo em que o problema é tratado, recomenda-se cuidado com a alimentação, que deve ser a mais equilibrada possível. O paciente deve ingerir muita vitamina C, nutriente essencial para a resistência imune. O uso de preservativo, ou abstinência sexual é fundamental e não deve ser visto como algo que determine que o HPV tem cura, pois não tem.

 

No caso dos tratamentos que contemplem a retirada das verrugas, é possível que o paciente experimente dor na região por até sete dias após o procedimento. A sugestão é a aplicação de compressas de chá de camomila na área para amenizar a dor.

 

Como alternativa de prevenção, foi lançada recentemente a vacina que evita a infecção pelo HPV. Aplicada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em meninas dos nove aos treze anos, a imunização resguarda as jovens que ainda não tiveram a vida sexual iniciada dos subtipos 16 e 18 do vírus – alto risco para o câncer do colo do útero – e dos subtipos 6 e 11, responsáveis pelo aparecimento de ‘cristas-de-galo’ nos genitais.

 

Calcula-se que, no Brasil, 25% das mulheres sexualmente ativas já tenham tido contato com o vírus HPV. Existe a suspeita de que o microorganismo possa ser encontrado ainda vivo em sabonetes, vaso sanitário e toalhas. A possibilidade de contaminação por tais fontes, contudo, não é descrita com precisão, portanto, não pode ser confirmada nem descartada.

 

 

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